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Palanque reúne
de Sarney a
sigla de Collor
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
reuniu ontem do ex-presidente José Sarney (1985-1990) ao partido do ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992).
A surpresa da convenção ficou por conta do nanico PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro), que hoje abriga Collor. Colocado em um canto
do palanque e com direito
a ter seu nome anunciado
no microfone, o presidente da sigla, Levy Fidelix,
declarou apoio ao petista.
"O presidente Collor me
autorizou a estar aqui hoje. Os descamisados a que
ele se referia hoje estão
sendo beneficiados pelos
programas sociais do governo", disse Fidelix.
Segundo ele, o partido
decidiu dar apoio informal
a Lula para ter liberdade
de se aliar nos Estados. Ele
calculou que em metade
dos Estados o PRTB e o PT
estarão coligados.
O ex-presidente, que
derrotou Lula em 1989,
não deverá declarar apoio
pessoal ao petista.
Folclórico, o PRTB se
notabilizou por ter uma
única proposta: o aerotrem, que correria sobre
plataformas elevadas.
A convenção de Lula
contou com os tradicionais aliados de esquerda
-PSB e PC do B- e com
políticos que dão sustentação congressual a Lula.
Dos partidos identificados
com o escândalo do mensalão, apenas o PTB teve
direito a discurso, feito pelo seu presidente, Flavio
Martinez. Os presidentes
do PP, Pedro Corrêa, e do
PL, Alfredo Nascimento,
foram convidados, mas
não apareceram.
Entre os peemedebistas,
os destaques foram Sarney, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o
ex-ministro das Comunicações Eunício Oliveira.
Sarney recebeu de Lula
uma deferência especial,
com direito a alfinetada ao
contumaz crítico Fernando Henrique Cardoso. Para o petista, Sarney, "de todos os ex-presidentes da
República, é o que mais sabe ser ex-presidente". "O
Sarney não dá palpite, ele
dá conselho. Ele não fala
para a imprensa, ele fala
com a gente."
Dos aliados, discursaram ainda os presidentes
de PSB e PC do B, Eduardo
Campos e Renato Rabelo.
O PRB de José Alencar enviou o presidente de seu
diretório paulista, Vitor
Paulo. Campos previu que
o petista ganhará já no primeiro turno.
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