SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM UNIÃO DOS PALMARES

O PSOL oficializou ontem em sua convenção nacional, em União dos Palmares (78 km de Maceió), a candidatura da senadora Heloísa Helena (AL) à Presidência, com o apoio do PSTU e do PCB. Seu vice será César Benjamin (RJ).
Em seu discurso, a senadora atacou tanto a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como a de Geraldo Alckmin (PSDB), as quais chamou de "projetos farsantes".
"Sabemos que será uma tarefa difícil, mas o Brasil precisa de alternativa aos projetos farsantes representados pelo PT e pelo PSDB", disse a ex-petista.
"Uma candidatura que aponte alternativa de desenvolvimento econômico e inclusão social, de democratização das riquezas, um projeto para o Brasil. O Brasil não é propriedade do capital estrangeiro e da elite decadente, incompetente e incapaz", completou.
A convenção do PSOL deveria ter acontecido no topo da serra da Barriga, onde se instalou, no século 17, o quilombo dos Palmares, mas a chuva impediu que os caminhões com a infra-estrutura chegassem ao local. Por isso, o encontro aconteceu em um galpão cedido pela Prefeitura de União de Palmares, no centro da cidade alagoana. Cerca de 600 pessoas estavam presentes, segundo os organizadores.
A candidata chegou à convenção às 13h30, acompanhada de seu vice. Jogou beijos, distribuiu abraços, ganhou flores, cantou o hino da Internacional Socialista e ganhou uma música do amigo Osman Araújo Lima, candidato a deputado estadual pelo PSOL-AL e que, segundo a senadora disse publicamente, foi quem lhe deu seu primeiro beijo de língua.
Ela começou seu discurso entre lágrimas e encerrou dizendo: "Vamos dizer para os representantes dessa farsa neoliberal e para os parasitas políticos que ousam pensar que são donos do Brasil: podem vir quente que estamos fervendo".
Em entrevista, a candidata disse que não irá deixar o Senado durante a campanha e que a candidatura é para vencer.
"O objetivo é ganhar a Presidência da República distanciada dos moleques do capital financeiro e dos sabotadores do crescimento econômico."
Segundo Martiniano Cavalcante, coordenador da campanha, o financiamento será feito apenas com contribuições de pessoas físicas.


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