da Sucursal de Brasília

O ex-sargento do Exército Juvenal Antunes Pereira, 60, acusado de ter torturado presos políticos em 1969, foi durante um ano funcionário de confiança do governo petista do Distrito Federal.
Na última sexta-feira, ele foi exonerado do cargo de chefe do serviço jurídico do Detran, após uma apuração comandada pelo próprio gabinete do governador, Cristovam Buarque, sobre sua atuação no regime militar.
Há cerca de 40 dias, Pereira foi reconhecido por um parente de uma das pessoas mantidas presas, em 1969, no PIC (Pelotão de Investigações Criminais) do Exército.
"Muitos se passam hoje por inocentes, mas colocaram bombas em cinema e planejaram matar outras pessoas. Se não tivéssemos agido com rigor, estaríamos vivendo sob o regime destroçado do Leste (europeu)", disse Pereira.
"Eu era um modesto sargento. Servi ao Exército com dignidade. Abomino a tortura. Nunca gostei de atos desumanos. Na minha área de atuação, posso afirmar que o Exército reprimiu a anarquia com rigor, sem excesso."



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