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CONGRESSO
Deputados receberiam verba para votar em favor de projetos do governo
Câmara vai apurar suposto "mensalão"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara, João
Paulo Cunha (PT-SP), determinou ontem a abertura de investigação pela Corregedoria da Casa
para apurar um suposto esquema
de pagamento de "mensalidades"
a deputados para que eles votassem a favor de projetos de interesse do governo.
O esquema, que teria o nome de
"mensalão", foi noticiado em reportagem do "Jornal do Brasil" de
ontem. O principal político que
sustenta as afirmações da reportagem, porém, desmentiu o jornal, dizendo que "são falsas" as
referências atribuídas a ele.
Miro Teixeira (PPS-RJ), ex-líder
do governo na Câmara, deixou o
cargo, segundo o "JB", por discordar do "mensalão". O deputado
confirmou à Folha ter ouvido de
deputados relatos imprecisos sobre o suposto esquema, sem apresentação de provas, procedimentos ou nomes.
"Existe uma apreensão por parte de alguns deputados que escutam rumores, mas, assim como
eu, no dia em que tiverem provas
de tal rumores, devem ir à tribuna
da Casa denunciar", afirmou Miro, que minimizou o fato de ter
ouvido falar sobre a história. "Já
ouvi falar de tudo, até que o Elvis
[Presley] vive", ironizou.
Devido ao desmentido de Miro,
João Paulo enviou o caso também
para a Procuradoria da Câmara,
que estudará possíveis reparos
aos danos que teriam sido causados à imagem da Casa. O deputado Professor Luizinho (PT-SP), líder do governo na Câmara, divulgou nota na qual classifica a reportagem de "falsa e lamentável".
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