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MÍDIA
Lula recebeu um pouco mais de espaço do que Serra (53% a 47%); tucano teve maior taxa de notícias "negativas" (43%)
Folha se manteve equidistante no 2º turno
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante a campanha para o segundo turno da eleição presidencial, a Folha dedicou ao candidato
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas, 53% do espaço
editorial sobre o tema, enquanto
José Serra (PSDB) recebeu 47%.
O monitoramento do Datafolha
sobre a cobertura do jornal foi realizado entre os dias 7 e 19 de outubro. Além de calcular a quantidade de espaço no noticiário destinado a cada candidato, a pesquisa
analisou o conteúdo do que foi publicado, não só nas reportagens do
caderno Eleições, mas também
nos textos de outros cadernos, nas
opiniões de colunistas e colaboradores, na Primeira Página, nos desenhos, gráficos e fotografias.
Pela metodologia adotada, são
classificados como texto não apenas as reportagens, os artigos da
pág. A3 ou a opinião de colunistas
fixos, mas também o que sai publicado até mesmo nas cartas do
"Painel do Leitor" e nas notas da
seção "Erramos", desde que relativas ao processo eleitoral.
O objetivo da pesquisa é avaliar
o grau de isenção da cobertura da
Folha, para aferir a aplicação dos
princípios de apartidarismo e pluralismo de seu projeto editorial.
Equilíbrio
Com relação ao teor do noticiário, o Datafolha constatou que
40% do que foi publicado sobre
Lula teve um enfoque avaliado como "positivo". O enfoque considerado "negativo" predominou
em 34% do espaço, e o enfoque
"neutro" esteve presente em 27%.
São consideradas "positivas" as
reportagens que relatem o programa do candidato ou os ataques
que esse candidato faz a um adversário, apoios recebidos ou comentários que reforcem os ângulos positivos da candidatura. Resultados
positivos para o partido (apoios,
declarações de voto) entram aqui.
São classificadas de "negativas"
as críticas que o candidato recebe,
doações suspeitas, escândalos políticos ou divergências no partido.
Em relação a Serra, 32% do espaço dedicado a ele foi considerado
"positivo", e 43%, "negativo". O
teor "neutro" prevaleceu em 24%.
O jornal manteve assim o relativo equilíbrio que já havia observado na cobertura da campanha do
primeiro turno. Entre os dias 18 de
agosto e 22 de setembro, período
em que foi feito um primeiro levantamento do Datafolha, Lula recebeu 28,6% do espaço nas páginas do jornal, e Serra, 28,7%.
Nesse mesmo período, foram
avaliadas como "positivas" do
ponto de vista de suas respectivas
candidaturas 38% das notícias sobre o presidenciável petista e 33%
das notícias sobre o tucano, e "negativas" 34% das relativas a Lula e
40% das relacionadas a Serra.
Já na campanha para o segundo
turno, o candidato petista recebeu
um espaço um pouco superior ao
de seu adversário. Na Primeira Página, Lula ocupou nesse período
54% do espaço, contra os 46%
ocupados por Serra. Nos textos de
Opinião (colunistas, seção "Tendências/ Debates", da pág. A-3),
Lula recebeu 55% do espaço, e Serra, 45%. No caderno Eleições a divisão do espaço foi a mesma que a
do jornal como um todo (53% a
47%), enquanto nos demais cadernos Lula, com 52%, teve dianteira menor sobre Serra (48%).
Sucessão estadual
Na pesquisa sobre o segundo
turno, o Datafolha também constatou relativo equilíbrio de espaço
quando se trata da disputa ao governo de São Paulo. Geraldo Alckmin (PSDB) esteve presente em
52% do material sobre a sucessão;
José Genoino (PT), em 48%
Quanto ao conteúdo, 39% do
que foi publicado foi considerado
"positivo" para Alckmin, contra
37% de teor "negativo". O teor
"neutro" esteve em 25% de seu espaço. Quanto a Genoino, 48% do
material foi "positivo", 28%, "negativo", e 23%, "neutro".
O segundo turno presidencial
mereceu um espaço um pouco
menor: foram 113 páginas. O espaço da cobertura do primeiro turno
havia sido maior (213 páginas), em
razão da presença de um número
maior de campanhas, como as de
Anthony Garotinho (PSB) e as de
Ciro Gomes (PPS). O segundo turno da eleição para o governo paulista teve 18 páginas de noticiário.
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