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MULTIMÍDIA
Revista "The Economist" especula sobre os rumos do governo Lula
DA REDAÇÃO
A revista britânica "The Economist", na edição desta semana,
publica reportagens sobre a iminente vitória de Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) na eleição para presidente do Brasil. "A grande questão é o que Lula fará com a sua vitória?", pergunta a revista, para
em seguida especular sobre as
possíveis respostas.
Segundo a "Economist", Lula
viverá entre dois extremos. Por
um lado, deverá responder às
promessas feitas durante a campanha para o eleitorado. De outro, precisará provar para o mercado que porá em prática um projeto econômico prudente que não
ponha mais medo no mercado.
Para a revista, muitas das promessas feitas pelo candidato do
PT ainda são muito vagas. A revista ressalta que Lula "dá razões
para preocupação", quando, por
exemplo, diz que não manterá
Armínio Fraga, presidente do
Banco Central, no cargo.
Segundo a revista, o período de
transição, quando Lula deverá
coordenar a passagem de um governo a outro, será "de crucial importância para determinar se o
país poderá sofrer uma crise econômica realmente avassaladora".
A "Economist" diz que, "na escolha da equipe de transição e dos
membros do novo governo, Lula
estará sobre pressão para deixar
claras as suas intenções".
A revista diz ainda que Lula terá
uma aliança menor que a constituída por Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), mas mais diversa. Isso, somado à disposição de
Lula de de "estabelecer um diálogo nacional com todas as classes
-governadores, prefeitos, patronato e sindicatos" talvez lhe garanta a governabilidade.
"The Economist" ainda destaca
a vitória do PT no Legislativo, que
se tornou o maior partido na Câmara dos Deputados. Mas lembra
que o partido deverá ceder ministérios para outras siglas para garantir apoio no Congresso e ainda
contentar membros das alas mais
radicais do próprio PT.
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