|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEMÓRIA
Segurança levou ao afastamento de dois ministros
DA REDAÇÃO
A segurança pública já
provocou a queda de dois
ministros da Justiça no segundo mandato de FHC.
Até 1998, o Ministério da
Justiça controlava toda a política de combate ao tráfico
de drogas por meio da Polícia Federal (repressão) e do
Conselho Federal de Entorpecentes (prevenção e tratamento de dependentes).
Em 19 de junho, FHC criou
a Senad (Secretaria Nacional
Antidrogas), integrada à Casa Militar (hoje Gabinete de
Segurança Institucional),
mas manteve a PF na órbita
do Ministério da Justiça.
Começou então uma disputa entre as duas pastas pelo comando da repressão ao
tráfico. Em junho de 1999, à
revelia do ministro Renan
Calheiros (Justiça), FHC indicou um novo diretor para
a PF, com o apoio do general
Alberto Cardoso. João Batista Campelo assumiu no dia
15 e caiu três dias depois, em
meio a acusações de ter presenciado sessões de tortura.
Calheiros emplacou então
Agílio Monteiro Filho na PF,
mas foi afastado em julho.
Os conflitos prosseguiram
após a nomeação de José
Carlos Dias para a Justiça.
Em 11 de abril de 2000, FHC
demitiu Dias e, no dia seguinte, forçou a demissão de
Wálter Maierovitch, da Senad. O novo ministro da Justiça, José Gregori, manteve o controle da PF e a atribuição
de reprimir o narcotráfico.
Texto Anterior: Pasta da Segurança recebe críticas Próximo Texto: Gestão Garotinho teve déficit de R$ 964 milhões em 2001 Índice
|