São Paulo, terça-feira, 26 de fevereiro de 2002

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MEMÓRIA

Segurança levou ao afastamento de dois ministros

DA REDAÇÃO

A segurança pública já provocou a queda de dois ministros da Justiça no segundo mandato de FHC.
Até 1998, o Ministério da Justiça controlava toda a política de combate ao tráfico de drogas por meio da Polícia Federal (repressão) e do Conselho Federal de Entorpecentes (prevenção e tratamento de dependentes).
Em 19 de junho, FHC criou a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), integrada à Casa Militar (hoje Gabinete de Segurança Institucional), mas manteve a PF na órbita do Ministério da Justiça.
Começou então uma disputa entre as duas pastas pelo comando da repressão ao tráfico. Em junho de 1999, à revelia do ministro Renan Calheiros (Justiça), FHC indicou um novo diretor para a PF, com o apoio do general Alberto Cardoso. João Batista Campelo assumiu no dia 15 e caiu três dias depois, em meio a acusações de ter presenciado sessões de tortura. Calheiros emplacou então Agílio Monteiro Filho na PF, mas foi afastado em julho.
Os conflitos prosseguiram após a nomeação de José Carlos Dias para a Justiça. Em 11 de abril de 2000, FHC demitiu Dias e, no dia seguinte, forçou a demissão de Wálter Maierovitch, da Senad. O novo ministro da Justiça, José Gregori, manteve o controle da PF e a atribuição de reprimir o narcotráfico.



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