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Pesquisa desvincula ex-ministro de dengue
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa do Instituto Sensus,
divulgada ontem em Brasília,
mostra que a população não vincula a epidemia de dengue à falta
de ações do Ministério da Saúde,
comandado até a semana passada
pelo pré-candidato tucano à Presidência, José Serra (SP).
O levantamento ouviu 2.000
pessoas em 195 municípios entre
os dias 14 e 21 de fevereiro, antes
de Serra deixar o ministério.
Patrocinada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte),
cujo presidente é o pefelista Clésio
Andrade, a pesquisa também
mostra que, na simulação com sete pré-candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva, presidenciável petista,
permanece em primeiro lugar
com 26,2%, juntamente com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, com 24,5%.
Nessa mesma lista no mês passado, Lula obteve 26,1%, e Roseana, 22,7%. A governadora é a
principal adversária na base governista do ex-ministro da Saúde.
A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para
menos. O resultado segue a tendência verificada pela pesquisa
Datafolha, publicada anteontem.
Sobre a dengue, o instituto quis
saber se os entrevistados tinham
conhecimento do surto de dengue no Rio e no país -78,3% afirmaram que sim.
No universo dos que tomaram
conhecimento, 72,9% atribuem a
volta da doença à falta de atuação
da própria população: "dos moradores, que deixam empossar água
parada no local de moradia"
(38,6%) e "de todos nós, que não
colaboramos com a preservação
das cidades" (34,3%).
Nesse item, 11% culparam a falta de atuação do Ministério da
Saúde, 6,5% das prefeituras e
3,4% dos governos estaduais. Outros 5% disseram que não há culpados, pois são fatores naturais.
"O surto de dengue não influenciou negativamente a campanha
de Serra. O problema do candidato é outro. Ele não tem densidade
eleitoral", comentou o pefelista
Clésio Andrade.
Rejeição
No quesito rejeição, em setembro do ano passado, 5,2% dos
pesquisados responderam que
não votariam de jeito nenhum no
então ministro José Serra. Neste
mês, esse índice passou para 3,1%.
No mesmo período, a rejeição da
governadora do Maranhão subiu
de 4% para 5,7%.
Sobre os outros presidenciáveis,
a pesquisa mostra que a intenção
de voto no governador do Rio de
Janeiro, Anthony Garotinho, pré-candidato do PSB, caiu de 15,1%
para 12,3% neste mês. Já Serra
passou de 7% para 9,2%.
Ciro Gomes (PPS), que tinha
7,4%, aparece com 7,1%, e o governador Itamar Franco (PMDB-MG) de 3,8% foi para 4,5%. Enéas
(Prona) mantém seus 1,6%.
Na simulação em que Roseana
aparece como a única governista
na disputa, Lula fica com 28,4%
das intenções de voto e a governadora com 28,3%. Quando Serra é
o candidato governista, sem Roseana na disputa, o tucano fica
com 16,3% atrás de Garotinho
(16,7%) e Lula (32,1%).
(DENISE MADUEÑO)
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