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Relatório cita Arcanjo como dono de bingos
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
DA AGÊNCIA FOLHA
O Grupo Nacional de
Combate ao Crime Organizado entregará ao presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, na
próxima semana, relatório
dizendo que o ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 52,
era dono de bingos e estava
criando time de futebol para
receber o dinheiro do jogo.
O grupo foi criado no fim
de 2003, reúne promotores
de Justiça e procuradores da
República e preparou um relatório sobre a exploração de
bingos no Brasil.
Arcanjo foi condenado em
dezembro a 37 anos de prisão por lavagem de dinheiro,
crime contra o sistema financeiro e formação de organização criminosa. Conhecido como "comendador", está preso desde abril
de 2003 no Uruguai por uso
de documento falso.
Segundo o secretário de
Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari,
que é promotor de Justiça, o
relatório preparado pelo
grupo resume as investigações feitas em Mato Grosso,
São Paulo, Rio, Espírito Santo, Paraná e Distrito Federal.
Delazari afirmou, por
meio de sua assessoria, que
os bingos são usados para lavar dinheiro, o que reforça a
necessidade de proibição
das casas de jogos.
O advogado de Arcanjo,
João Santos Gomes Filho,
não foi localizado ontem.
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