São Paulo, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004

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Campanha da Fraternidade debate a água

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CNBB lançou ontem, com a Campanha da Fraternidade de 2004, um abaixo-assinado favorável à revisão da lei da Política Nacional de Recursos Hídricos.
A Igreja Católica propõe a instituição de uma política nacional de captação de água da chuva e a criação de uma legislação integrada da gestão do patrimônio hídrico, incluindo medidas de preservação do ambiente. A CNBB também pede a proibição da venda de concessões dos serviços de água para empresas particulares e solicita que os serviços essenciais não paguem o valor da água por m3.
"Estamos propondo elementos de mudança e outros que garantam a aplicação da lei. Não podemos cair na tentação da privatização dos recursos hídricos", disse dom Odilo Pedro Scherer, secretário-geral da CNBB, no lançamento da campanha, em Brasília.
Também participaram do evento os ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente) e José Fritsch (Pesca).
"Ninguém pode ganhar dinheiro em cima de um bem que é de todos. O Estado não é proprietário da água. Nós não podemos e não vamos aceitar qualquer tipo de privatização", disse dom Geraldo Majella, em Salvador. O cardeal condenou também a transposição das águas do rio São Francisco, um dos projetos mais polêmicos do governo Lula.
Marina Silva disse que, para o governo, a política de recursos hídricos deve ser "ampla, aberta e participativa". No próximo dia 16, será lançada em Brasília a Defensoria da Água, uma parceria entre Ministério Público Federal e CNBB, para defender questões ligadas ao tema.


Colaborou a Agência Folha, em Salvador


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