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Campanha da Fraternidade debate a água
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CNBB lançou ontem, com a
Campanha da Fraternidade de
2004, um abaixo-assinado favorável à revisão da lei da Política Nacional de Recursos Hídricos.
A Igreja Católica propõe a instituição de uma política nacional de
captação de água da chuva e a
criação de uma legislação integrada da gestão do patrimônio hídrico, incluindo medidas de preservação do ambiente. A CNBB também pede a proibição da venda de
concessões dos serviços de água
para empresas particulares e solicita que os serviços essenciais não
paguem o valor da água por m3.
"Estamos propondo elementos
de mudança e outros que garantam a aplicação da lei. Não podemos cair na tentação da privatização dos recursos hídricos", disse
dom Odilo Pedro Scherer, secretário-geral da CNBB, no lançamento da campanha, em Brasília.
Também participaram do evento os ministros Patrus Ananias
(Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Marina Silva (Meio
Ambiente) e José Fritsch (Pesca).
"Ninguém pode ganhar dinheiro em cima de um bem que é de
todos. O Estado não é proprietário da água. Nós não podemos e
não vamos aceitar qualquer tipo
de privatização", disse dom Geraldo Majella, em Salvador. O cardeal condenou também a transposição das águas do rio São
Francisco, um dos projetos mais
polêmicos do governo Lula.
Marina Silva disse que, para o
governo, a política de recursos hídricos deve ser "ampla, aberta e
participativa". No próximo dia 16,
será lançada em Brasília a Defensoria da Água, uma parceria entre
Ministério Público Federal e
CNBB, para defender questões ligadas ao tema.
Colaborou a Agência Folha, em Salvador
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