São Paulo, sexta-feira, 26 de março de 2004

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Genoino ataca a oposição e aponta "frente do contra"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao analisar a crise política, o presidente do PT, José Genoino, atacou ontem a formação de uma frente de oposição, mas fez uma crítica indireta ao ministro José Dirceu (Casa Civil) ao afirmar que, em um momento como este, não pode haver "sensibilidades aguçadas" nem no Palácio do Planalto nem nos partidos adversários.
"Estamos vivendo um rescaldo de uma situação de turbulência a partir de algumas declarações que no jogo democrático são naturais, declarações mais ásperas e menos ásperas fazem parte da relação oposição e situação", afirmou e acrescentou que "nem o governo pode ter muita sensibilidade aguçada, nem a oposição".
A temperatura política subiu nos últimos dias depois que Dirceu atacou Ministério Público, senadores e governadores da oposição. "Eu até entendo que a oposição tenha uma sensibilidade aguçada, porque eles sempre foram governo, talvez a crise de identidade deles seja maior do que a nossa", disse, negando que tenha pretendido se referir a Dirceu quando falou da "sensibilidade aguçada" do governo.
Genoino afirmou que a frente de oposição reunida ontem representa uma "frente do contra", que, "como toda a frente do contra, não constrói nada". "Eles falam as coisas hoje como se tivessem esquecido que foram governo. A sensibilidade deles está aguçada, por qualquer coisa criam um grande barulho", disse.
O presidente do PT afirmou também acreditar que a crise na base aliada está superada com as reuniões de anteontem e negou paralisia no governo. "Nesses 40 dias, o governo anunciou programas importantes", disse. "O que se tem é um barulho que faz parte da espuma democrática, que, às vezes, dá um pouco de poluição."


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