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Genoino ataca a oposição e aponta "frente do contra"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao analisar a crise política, o
presidente do PT, José Genoino, atacou ontem a formação
de uma frente de oposição, mas
fez uma crítica indireta ao ministro José Dirceu (Casa Civil)
ao afirmar que, em um momento como este, não pode haver "sensibilidades aguçadas"
nem no Palácio do Planalto
nem nos partidos adversários.
"Estamos vivendo um rescaldo de uma situação de turbulência a partir de algumas declarações que no jogo democrático são naturais, declarações mais ásperas e menos ásperas fazem parte da relação
oposição e situação", afirmou e
acrescentou que "nem o governo pode ter muita sensibilidade
aguçada, nem a oposição".
A temperatura política subiu
nos últimos dias depois que
Dirceu atacou Ministério Público, senadores e governadores da oposição. "Eu até entendo que a oposição tenha uma
sensibilidade aguçada, porque
eles sempre foram governo, talvez a crise de identidade deles
seja maior do que a nossa", disse, negando que tenha pretendido se referir a Dirceu quando
falou da "sensibilidade aguçada" do governo.
Genoino afirmou que a frente
de oposição reunida ontem representa uma "frente do contra", que, "como toda a frente
do contra, não constrói nada".
"Eles falam as coisas hoje como
se tivessem esquecido que foram governo. A sensibilidade
deles está aguçada, por qualquer coisa criam um grande
barulho", disse.
O presidente do PT afirmou
também acreditar que a crise
na base aliada está superada
com as reuniões de anteontem
e negou paralisia no governo.
"Nesses 40 dias, o governo
anunciou programas importantes", disse. "O que se tem é
um barulho que faz parte da espuma democrática, que, às vezes, dá um pouco de poluição."
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