da Sucursal de Brasília

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), determinou ontem a exoneração de Juliana D'Ávila Carreiro, que ganhava R$ 4.148 para trabalhar meio período. Ela é filha do secretário-geral da Casa, Raimundo Carreiro, e ocupava cargo comissionado no gabinete da liderança do governo no Senado.
ACM ficou visivelmente constrangido com a denúncia de nepotismo envolvendo um dos mais altos funcionários do Senado, no dia em que pediria a criação da CPI do Judiciário.
"Vou mostrar que ele (Carreiro) não vai botar a família dele aqui não", disse ACM, referindo-se à declaração do secretário-geral de que "todo mundo tem família" trabalhando no Senado.
ACM afirmou que nada pode fazer para impedir a contratação de parentes por senadores. "O senador tem liberdade de nomear quem ele quiser."
ACM não tomou providências contra a mulher de Carreiro, Maria José, funcionária aposentada do TCU (Tribunal de Contas da União) que tem cargo comissionado no Senado.
Há cerca de dois anos ela ganha R$ 4.880 para assessorar o diretor-geral, Agaciel Maia.
A mulher de Agaciel, que ocupava até ontem cargo de confiança na Secretaria Geral, com Carreiro, pediu demissão após a divulgação da sua situação. Funcionária efetiva do Senado, ela vai continuar exercendo normalmente o cargo de analista legislativa.


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