da Reportagem Local

PT, CUT, MST e outros partidos e entidades de esquerda marcaram para hoje nas principais cidades do país a "Jornada em Defesa do Brasil" para protestar contra a política econômica do presidente Fernando Henrique Cardoso.
A organização dos atos é do "Fórum Nacional de Lutas", que congrega os opositores do governo.
Em São Paulo, está prevista, a partir das 15h, uma passeata da avenida Paulista até a praça da Sé (região central da cidade). Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (CUT), e João Pedro Stedile (MST) serão oradores na manifestação.
De acordo com os organizadores, são esperadas cerca de 10 mil pessoas na passeata paulista. Ontem, a CUT estadual informou que 110 ônibus transportariam os manifestantes até a avenida Paulista.
A aposta maior de presença de público nos atos contra FHC é no Rio. Lá, a esquerda quer reunir pelo menos 20 mil pessoas em caminhada da Candelária até a Cinelândia (região central). Um show encerrará o protesto.
A "jornada" de hoje servirá também como termômetro da discussão interna na esquerda sobre a conveniência de deflagrar uma campanha pela renúncia de FHC.
Leonel Brizola (PDT) entrou em rota de colisão com a direção do PT ao cobrar do partido aliado a adesão à tese. Lula e a ala hegemônica do petismo temem que uma campanha pelo encurtamento do mandato presidencial dê fôlego aos que pregam ser o PT uma agremiação que não respeita os resultados da urna.
Com público significativo nos atos, os radicais petistas esperam reabrir a discussão no partido.


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