São Paulo, domingo, 26 de abril de 1998

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Grupo teria matado índio

da Agência Folha

O delegado da Polícia Civil de Ponta Porã (MS) Roberto Faria disse que não deverá indiciar ninguém no inquérito que apura o assassinato do índio caiuá Quintino Batista, 74.
O crime é atribuído pelos familiares à milícia indígena da aldeia Taquapiri, em Coronel Sapucaia (MS), na fronteira com o Paraguai.
Batista foi assassinado por espancamento em 4 de janeiro na frente de pelo menos 20 índios da aldeia Guassuty, em Aral Moreira (MS), segundo seu filho, Dorival Batista, 30.
O delegado afirmou que não há dúvidas de que a morte foi executada pela "polícia" indígena, mas contradições nos depoimentos das testemunhas o impediriam de saber os reais autores do crime.
"Minha impressão é que os acusados não se importam com o trabalho da Polícia Civil. Sempre haverá a possibilidade de saírem impunes, porque a Funai pode requisitá-los, ainda que condenados pela Justiça, e eles não cumprem a pena", disse o delegado.
Os acusados, incluindo um enteado de Quintino, foram apontados nominalmente pela família do morto. Após o crime, por dois dias, a família do índio aguardou a presença de policiais na aldeia para que vissem o estado em que ficou o corpo. (RV)



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