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"Policial" indígena teme violência à noite
da Agência Folha, em Dourados
A ronda dos "policiais" indígenas da aldeia Jaguapiru, em Dourados (MS), ocorre sempre de dia,
segundo o responsável pelo grupo, o terena Ramão Machado, 52,
o mais criticado pelos "caciques"
guaranis e caiuás.
"Não dá para sair à noite. É
muito perigoso", afirmou Machado, dizendo ser comum encontrar índios armados e alcoolizados, principalmente na entressafra da cana-de-açúcar, quando
perto de 800 índios retornam das
destilarias para a aldeia.
A milícia é formada por 12 índios. O "capitão" mandou confeccionar coletes e carteiras de
identificação. Em sua carteira,
Machado anotou uma função:
"chefe administrativo da aldeia".
Os "agentes" são voluntários,
mas recebem ressarcimento quando há uma ocorrência e eles têm
de deixar o outro emprego.
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