da Sucursal do Rio

A designação para integrar o grupo que combatia no vale do Ribeira (SP) a força guerrilheira liderada pelo capitão Carlos Lamarca resultou para José Larena Murillo Filho em invalidez permanente e em um estado de penúria financeira que dura quase 30 anos.
Murillo Filho tinha 28 anos quando, no dia 10 de maio de 1970, em confronto com a guerrilha, foi baleado no ombro e na perna esquerdos.
Ele era soldado da Força Pública de São Paulo (atual Polícia Militar). A tropa da qual participava sofreu uma emboscada no município de Registro.
Murillo Filho foi reformado (aposentado, no jargão militar) por invalidez, pois perdeu os movimentos do braço esquerdo.
Com a aposentadoria, Murillo Filho foi promovido a terceiro-sargento, mas não teve melhoria salarial.
"Continuei ganhando como soldado porque não tinha tempo de serviço. Eu era novo na Força Pública", disse.
O militar conta que enfrentou situações dramáticas nos 15 anos seguintes.
"Foi muito difícil manter a mulher e as duas filhas pequenas. Passamos fome", diz.



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