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Grupos de militares vão apelar ao Supremo
da Sucursal do Rio
Grupos de militares de vários
pontos do país (pelo menos cinco
Estados) preparam uma ação judicial contra a lei 9.140/95, que regulamenta as indenizações a mortos
e desaparecidos políticos.
Os militares querem levar a ação
de inconstitucionalidade ao STF
(Supremo Tribunal Federal). Todo o trabalho de articulação é
coordenado pelo Clube Militar, no
Rio de Janeiro.
A ação é a parte mais visível da
insatisfação que a Lei das Indenizações provocou em militares da
ativa e da reserva.
Na sede do Clube Militar, no
Rio, há vários panfletos com tarjas
pretas e a inscrição "Luto pelo
Prêmio ao Terrorismo". Na avaliação do presidente do Clube Militar, general Hélio Ibiapina Lima,
a lei 9.140/95 afronta oito princípios da Constituição. Ele destaca
três:
"Essa lei quebra a isonomia entre as partes, institui um tribunal
específico -a tal comissão que
aprova as indenizações- e impede o contraditório, o direito a que
as duas partes sejam ouvidas",
afirma o general.
Ibiapina Lima espera conseguir
apoio de um partido político ou de
uma entidade que possa levar a
ação ao STF junto com os grupos
militares.
"Queremos anular as indenizações já concedidas e acabar com a
comissão que premia os terroristas", diz o general.
O coronel da reserva Carlos
Cláudio Miguez, 63, do grupo mineiro Inconfidência, diz que os
militares da ativa também estão
revoltados com a concessão de indenizações, mas não podem se
pronunciar, sob pena de punição.
(FE e ST)
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