São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2004

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Ministério diz que aquisições seguem normais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde divulgou nota ontem para reafirmar que, mesmo com a intervenção na Coordenadoria Geral de Recursos Logísticos da pasta, as compras de hemoderivados e outros medicamentos estão sendo feitas normalmente.
O ministro Humberto Costa ordenou a intervenção na última semana após a prisão do ex-coordenador-geral do órgão e de outros servidores.
Com isso, o ministério descarta a possibilidade de falta desses produtos. Somente de fator 8, o principal hemoderivado utilizado em pacientes com doenças que afetam a coagulação do sangue, o governo compra mais de 200 milhões de unidades por ano de fabricantes internacionais. São atendidos pela rede pública de saúde cerca de 7.600 pacientes com hemofilia (doença caracterizada por hemorragias precoces, abundantes e prolongadas).
Desde o ano passado, quando houve suspensão de licitação após denúncias de irregularidades, o ministério realiza as compras de hemoderivados por meio de pregões -leilão no qual vence o concorrente que apresentar menor preço.
Até 2002, o preço da unidade do fator 8 era US$ 0,41. Na última licitação daquele ano, que foi suspensa, o valor caiu para US$ 0,23. Após a adoção dos pregões, o governo passou a pagar, em média, US$ 0,16.
Na nota, o Ministério da Saúde diz ainda que a população não deve evitar a doação de sangue nos hemocentros.
"A operação que investiga irregularidades na compra de hemoderivados não tem nenhuma relação com o sangue doado pelos brasileiros. O que está sendo investigado é a compra de produtos derivados do sangue e que são produzidos no exterior", diz a nota.


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