da Sucursal de Brasília

O governo quer evitar que o semi-árido do Nordeste reedite Chiapas, Estado mais pobre do México, onde começou uma rebelião de camponeses do Exército Zapatista de Libertação Nacional, quatro anos atrás. O episódio contribuiu para a crise que quase levou o México à bancarrota.
"Se os governadores cumprirem seu papel, a situação não evoluirá para isso", disse o ministro da Justiça, Renan Calheiros. Ontem, o ministro enviou mensagem aos governadores cobrando uma ação mais enérgica contra os saqueadores.
A mensagem critica a ação dos governadores: "Observa-se o recrudescimento da ação criminosa e a quase absoluta ausência de colaboração da segurança pública nos episódios relacionados com saques de alimentos e depredações ao patrimônio público e privado".
Calheiros ainda não conseguiu pôr em prática as decisões da reunião com representantes dos governos estaduais, realizada em 9 de maio, em Recife.
Na ocasião, foi traçada uma estratégia de ação coordenada contra os saques. A maioria dos saques registrados, porém, não foi acompanhada pela instauração de inquéritos policiais.
A Constituição atribui aos governadores a competência de cuidar da segurança pública. Por isso, o ministro da Justiça insiste em que a possibilidade de intervenção federal nos Estados depende do pedido de ajuda dos governadores.



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