da Reportagem Local

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) vai investir R$ 8 milhões nos próximos 12 meses em publicidade, sendo que a verba para a primeira campanha é de R$ 3 milhões.
Se tivesse gasto isso em 97, o Incra passaria a constar como o 13º maior anunciante no governo, abaixo do Ministério da Previdência e acima da Embratel.
O orçamento total da entidade, que pela primeira vez contrata uma agência de propaganda, para este ano é de R$ 2,2 bilhões.
Depois de aberta a licitação, 54 agências se interessaram e 20 apresentaram suas propostas para o Incra, segundo a assessoria.
Segundo a Folha apurou junto a algumas dessas agências, a intenção do Incra ao iniciar uma campanha publicitária é tentar mudar a imagem que a reforma agrária tem junto à maioria da população.
Levantamentos feitos pelo governo e por institutos de pesquisa independentes mostram que existe um problema de credibilidade do programa de reforma agrária.
Muitas pessoas não acreditam nos números do Incra -como o de que até o final de 97 o governo FHC assentou cerca de 187 mil famílias.
Além disso, haveria a percepção de que a maioria da população só toma conhecimento da questão agrária quando há um conflito, desconhecendo efetivamente o que está sendo feito.
Entre as 20 agências que se apresentaram ao Incra estão grupos nacionais como a Fischer, Justus e a DPZ e internacionais -Ammirati Puris Lintas e Publicis, Norton. (CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO)



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