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GOVERNO
Texto permite aditar 50% do valor da obra
Governo deve vetar
a MP das licitações
OSWALDO BUARIM JR.
da Sucursal de Brasília
O relator do projeto que permite
aumentar o preço de obras públicas sem licitação (aditar) em até
50%, deputado José Carlos Aleluia
(PFL-BA), disse que a regra será
vetada, apesar de ter sido anteriormente aprovada pelo Palácio do
Planalto.
Aleluia informou ontem ter um
fax com a posição oficial do governo, favorável ao aumento de 25%
para 50% do valor original do contrato que poderia ser acrescido ao
contrato original sem nova licitação.
"Aquela mudança específica o
Palácio autorizou no pressuposto
de votar", disse o deputado. Aleluia disse que o governo se comprometia inclusive a não vetar a
mudança, mas a orientação mudou nos últimos dias.
O deputado disse que recebeu telefonema do ministro Bresser Pereira (Administração), informando que o governo vai vetar a modificação. O presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), também disse ontem que o presidente Fernando
Henrique Cardoso deve vetar a lei.
ACM presidia a sessão do Congresso em que foi aprovado o projeto de Aleluia. Na semana passada, quando ocupava interinamente a Presidência da República, o
senador disse que as mudanças na
lei de licitações eram um "escândalo" e que deveriam ser vetadas.
Aleluia disse que ainda não sabe
se o presidente vai vetar outra modificação na lei de licitações, que
reinstituiu o preço mínimo nas
contratações de obras de engenharia pelo poder público.
Ele incluiu o preço mínimo no
projeto a pedido do ex-deputado
Luiz Roberto Ponte (PMDB-RS),
presidente da Câmara Brasileira
da Indústria da Construção.
Também foi alterado o valor de
compras que podem ser feitas sem
licitação (de R$ 1,9 mil para R$ 8
mil) e aumentado de R$ 38 mil para R$ 80 mil o valor das licitações
que podem ser feitas por carta-convite (o responsável pela licitação convida três participantes,
sem necessidade de publicar edital
na imprensa).
A assessoria de imprensa do ministro Bresser não respondeu aos
recados deixados pela Folha.
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