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Petistas e CUT se unem
para avaliar mudanças
ELIANE CANTANHÊDE
DIRETORA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de comandar a defesa do
governo no Congresso, um grupo
de deputados petistas se reuniu
anteontem à noite com o presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Luiz Marinho, e
decidiu apoiar pelo menos três alterações na reforma da Previdência. O objetivo é neutralizar a rejeição à reforma e demonstrar
"independência" do Congresso.
As emendas que o núcleo mais
governista do PT discute são para
alterar três pontos da proposta:
introduzir uma fórmula de transição para as novas idades mínimas
de aposentadoria; revisão do cálculo para as aposentadorias de
funcionários que passaram antes
pela iniciativa privada e mudanças alternativas para as pensões.
A reunião foi articulada pelo
presidente da Câmara, João Paulo
Cunha (PT-SP), e realizada na sua
residência, com a participação do
líder do governo na casa, Aldo Rabello (PC do B-SP), e do relator da
reforma, José Pimentel (PT-CE).
Para não caracterizar um encontro anti-reforma, o ministro
da Previdência, Ricardo Berzoini,
também esteve presente, mas não
apoiou as mudanças.
O encontro foi o início das negociações no Congresso para tentar atrair a CUT para a tese da reforma e reduzir as manifestações
contrárias, abrindo a possibilidade de alterações, desde que não
mudem a essência da reforma.
Ontem, João Paulo Cunha voltou a se reunir com o grupo, formalmente, na Câmara, e Marinho
foi à tarde se encontrar com Berzoini. Entre os deputados da reunião, estavam Professor Luizinho,
Paulo Bernardo (PR), Paulo Rocha (PR), Arlindo Chinaglia (SP )
e Virgílio Guimarães (MG).
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