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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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Petistas e CUT se unem para avaliar mudanças

ELIANE CANTANHÊDE
DIRETORA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar de comandar a defesa do governo no Congresso, um grupo de deputados petistas se reuniu anteontem à noite com o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, e decidiu apoiar pelo menos três alterações na reforma da Previdência. O objetivo é neutralizar a rejeição à reforma e demonstrar "independência" do Congresso.
As emendas que o núcleo mais governista do PT discute são para alterar três pontos da proposta: introduzir uma fórmula de transição para as novas idades mínimas de aposentadoria; revisão do cálculo para as aposentadorias de funcionários que passaram antes pela iniciativa privada e mudanças alternativas para as pensões.
A reunião foi articulada pelo presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), e realizada na sua residência, com a participação do líder do governo na casa, Aldo Rabello (PC do B-SP), e do relator da reforma, José Pimentel (PT-CE).
Para não caracterizar um encontro anti-reforma, o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, também esteve presente, mas não apoiou as mudanças.
O encontro foi o início das negociações no Congresso para tentar atrair a CUT para a tese da reforma e reduzir as manifestações contrárias, abrindo a possibilidade de alterações, desde que não mudem a essência da reforma.
Ontem, João Paulo Cunha voltou a se reunir com o grupo, formalmente, na Câmara, e Marinho foi à tarde se encontrar com Berzoini. Entre os deputados da reunião, estavam Professor Luizinho, Paulo Bernardo (PR), Paulo Rocha (PR), Arlindo Chinaglia (SP ) e Virgílio Guimarães (MG).


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