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Piva critica acordo proposto pelo governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ausência mais notada na manifestação de ontem, o presidente
da Fiesp, Horacio Lafer Piva, fez
comentários "duros, mas francos" sobre o acordo proposto pelo
governo para o apoio dos empresários à reforma tributária.
Em e-mail ao ministro Tarso
Genro, obtido pela Folha, o empresário, membro do CDES, disse
que o pacto feito no conselho para
evitar o aumento da carga de impostos "não representa a segurança necessária aos contribuintes".
Em mensagem aos conselheiros, na semana passada, Genro
afirmou que o governo garantirá
a não-elevação da carga tributária, pedindo em troca o apoio à reforma. Conforme balanço divulgado anteontem, dos 90 representantes da sociedade, 63 responderam -e destes, apenas um foi
contra o acordo e outro defendeu
a alteração nos termos propostos.
Os nomes não foram divulgados, mas Piva, sem dúvida, rejeitou boa parte do texto de Genro,
em especial os que mencionavam
virtudes do projeto do governo.
Seus argumentos: o projeto
"torna ainda mais complexa a sistemática do ICMS nas operações
interestaduais e perpetua a CPMF
com incidência cumulativa, facilita a instituição do Imposto sobre
Grandes Fortunas e torna progressivos o ITR, o ITBI e o ITCM".
Oficialmente, a ausência de Piva
foi atribuída a uma assembléia
dos acionistas de sua empresa, a
Klabin.
(GUSTAVO PATÚ)
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