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Desigualdade entre regiões perpetua pobreza, diz estudo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa feita por Unicef e
IBGE com base no Censo 2000
mostra que as desigualdades
regionais e a falta de escolaridade das mães são fatores determinantes para perpetuar o ciclo de pobreza no Brasil.
Filhos entre 12 e 17 anos, de
mulheres com até um ano de
estudo, têm 23 vezes mais
chances de ser analfabetos do
que outros, da mesma idade, filhos de mulheres mais escolarizadas. O objetivo da pesquisa é
alertar para o fato de que apenas transferir renda para famílias pobres -como vem sendo
feito pelo governo federal-
não as tirará dessa condição,
segundo o Unicef.
Outro dado importante da
pesquisa refere-se à raça e deficiência física: crianças negras e
portadoras de deficiências têm
menos chances de serem alfabetizadas do que as brancas e
não portadoras de deficiências
da mesma faixa etária.
Os deficientes, de 12 a 17
anos, têm quatro vezes mais
chances de não serem alfabetizados do que os que não possuem o problema. Já os negros,
dos 7 aos 17, têm três vezes
mais possibilidade de não
aprenderem a ler e escrever do
que os brancos.
Nascer em regiões pobres ou
em áreas rurais também são fatores de dificuldade. Uma pessoa que nasce no Piauí tem 55
vezes mais chances de morar
numa casa sem saneamento do
que alguém que nasce no DF.
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