|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PT SOB SUSPEITA
Mentor afirma que acusação é "absurda"
DA REPORTAGEM LOCAL
O deputado federal José Mentor
(PT-SP), apontado como um dos
supostos participantes do esquema de arrecadação de propina em
Mauá, disse que a acusação contra ele é "absurda" e que o secretário da Habitação de Mauá, Altivo
Ovando Júnior, sofreu um "distúrbio psíquico".
O deputado afirmou conhecer o
secretário de Mauá "há muito
tempo", desde a administração da
ex-prefeita de São Paulo Luiza
Erundina (1989-1992).
Mentor afirmou também que
indicou Ovando Jr. para trabalhar
como secretário da Prefeitura de
Mauá -o que o secretário também declarou em depoimento ao
Ministério Público.
"Indiquei o Tivo [diminutivo de
Altivo] para trabalhar em Mauá
porque ele era muito competente,
já tinha trabalhado com o PT na
área de arquitetura e engenharia,
na gestão da Erundina. Depois,
soube que ele saiu da prefeitura
com muitos problemas, muito
magoado com o PT. Não sei direito o que aconteceu. Mas o Tivo
deve estar com algum problema",
afirmou Mentor.
O deputado federal afirmou não
conhecer o empresário Armando
Jorge Peralta, ex-presidente do
grupo Peralta. Com relação ao recibo do PT no valor de R$ 48 mil e
à nota da empresa Flash Comunicação, de R$ 252 mil, que seriam
indícios do pagamento da propina, Mentor declarou "nem saber
de que se trata".
"O que ele [o secretário] está dizendo é um absurdo. Eu não sei
de que se trata nem o motivo de
ele dizer essas coisas. O Tivo disse
isso agora? Mas por que será que
ele resolveu falar somente agora,
cinco anos depois? Bom, eu não
sei, realmente não sei. Sei apenas
que hoje ele trabalha para partidos que são rivais do PT em
Mauá", afirmou.
Segundo o deputado federal,
Ovando Jr. trabalhou também no
"comecinho" da administração
da ex-prefeita Marta Suplicy em
São Paulo, também na área de
obras. "Mas ele saiu da prefeitura
porque estava com problemas, teve problemas com os colegas, tinha muitos problemas."
O deputado afirmou não ter tido acesso ao procedimento instaurado pelo Ministério Público
para apurar a declaração. Disse
ter sido procurado por Valdemir
Garreta na noite de anteontem.
"Conversamos sobre Mauá, óbvio. O Garreta também disse que
essa história é um absurdo total,
que não tem sentido."
Mentor foi líder do governo da
prefeitura Marta na Câmara Municipal de São Paulo.
A reportagem procurou o secretário da Habitação de Mauá no
trabalho e em seu celular, mas
não conseguiu localizá-lo.
Texto Anterior: PT sob suspeita: Petista atribui denúncia a motivo político Próximo Texto: Jânio de Freitas: No mundo dos anjinhos Índice
|