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São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2003

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PFL diz que vai obstruir a votação e classifica reforma de "meia-sola"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A cúpula do PFL no Congresso divulgou ontem uma "nota ao povo brasileiro" em que ataca a reforma tributária, afirmando que o "governo está cometendo a sua mais grave insensatez".
A nota foi lida pelo presidente nacional do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), que acrescentou os adjetivos "míope" e "meia-sola" para caracterizar a proposta. Segundo a nota pefelista, haverá aumento da carga tributária no país e os contribuintes, a economia e o equilíbrio federativo serão prejudicados caso o texto atual seja aprovado.
"Essa reforma é míope, não aponta para o crescimento do país", afirmou Bornhausen. O texto foi lido no gabinete da liderança do partido na Câmara. "A menos que o governo produza alterações profundas, não será difícil encontrar 210 deputados contrários a essa reforma", afirmou o deputado José Carlos Aleluia (BA), líder da bancada.
Sua contabilidade faz referência à necessidade de o governo ter 60% dos votos dos deputados para aprovação em plenário, ou seja, 308 de 513. Caso mais de 205 não votem a favor, a reforma seria rejeitada. O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) também estava presente e deu seu apoio. O partido reafirmou que continuará tentando obstruir a votação hoje.
Outra crítica à reforma partiu do presidente da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) e da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. Ele insinuou ontem que seria melhor não fazer a reforma tributária, caso seja mantido o atual texto.
"Se é para fazer mais emenda de cano, o risco é ter mais vazamento." Ele esteve ontem com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, para apresentar uma proposta que prevê o adiamento no pagamento de tributos federais.


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