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PFL diz que vai obstruir a votação e
classifica reforma de "meia-sola"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A cúpula do PFL no Congresso
divulgou ontem uma "nota ao povo brasileiro" em que ataca a reforma tributária, afirmando que o
"governo está cometendo a sua
mais grave insensatez".
A nota foi lida pelo presidente
nacional do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), que acrescentou os adjetivos "míope" e
"meia-sola" para caracterizar a
proposta. Segundo a nota pefelista, haverá aumento da carga tributária no país e os contribuintes,
a economia e o equilíbrio federativo serão prejudicados caso o
texto atual seja aprovado.
"Essa reforma é míope, não
aponta para o crescimento do
país", afirmou Bornhausen. O
texto foi lido no gabinete da liderança do partido na Câmara. "A
menos que o governo produza alterações profundas, não será difícil encontrar 210 deputados contrários a essa reforma", afirmou o
deputado José Carlos Aleluia
(BA), líder da bancada.
Sua contabilidade faz referência
à necessidade de o governo ter
60% dos votos dos deputados para aprovação em plenário, ou seja,
308 de 513. Caso mais de 205 não
votem a favor, a reforma seria rejeitada. O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) também
estava presente e deu seu apoio. O
partido reafirmou que continuará
tentando obstruir a votação hoje.
Outra crítica à reforma partiu
do presidente da Facesp (Federação das Associações Comerciais
do Estado de São Paulo) e da Associação Comercial de São Paulo,
Guilherme Afif Domingos. Ele insinuou ontem que seria melhor
não fazer a reforma tributária, caso seja mantido o atual texto.
"Se é para fazer mais emenda de
cano, o risco é ter mais vazamento." Ele esteve ontem com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, para apresentar uma proposta que prevê o adiamento no
pagamento de tributos federais.
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