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DIPLOMADO
Dirigente da entidade se diz "convencido" de que Lula "saberá conduzir reformas necessárias"
Na OAB, petista é chamado de presidente
DA REPORTAGEM LOCAL
Representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)
chamaram ontem o candidato
do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, de "presidente" e "excelência" no lançamento de seu plano de combate à corrupção, na
seção paulista da entidade.
O presidente nacional da
OAB, Rubens Approbato Machado, foi um dos que se entusiasmaram com a presença de
Lula. "Estamos convencidos de
que uma pessoa como o senhor, que vem de baixo, com
carisma, saberá conduzir as reformas necessárias", disse Approbato, que se referiu ao petista como "presidente Lula". Approbato, no entanto, não declarou o seu voto.
Ao deixar o evento, Lula disse
que sua posição nas pesquisas é
a mais favorável que já teve -é
a quarta vez que ele disputa a
Presidência. "A situação é favorável, é boa. É a melhor que já
vivi", afirmou o petista. Ele disse
ter pedido aos militantes "tranquilidade e humildade", porque
"o jogo ainda não acabou".
Na saída da OAB, o carroceiro
Samuel Cruz dos Santos, 42, insistiu em que Lula fosse até a sua
carroça. "Meu sonho era tirar
uma foto com ele", afirmou Santos, baiano de Feira de Santana.
O programa de combate à corrupção do PT prevê, entre outros pontos, a criação de uma agência anticorrupção, a ampliação de mecanismos de investigação de remessa ilegal de recursos para o exterior e a erradicação do nepotismo.
Metalúrgicos
Lula recebeu ontem o apoio do
Sindicato dos Metalúrgicos de
Osasco e Região, filiado à Força
Sindical, central que apóia Ciro
Gomes (PPS). Lula foi saudado,
numa faixa, como "o novo presidente do Brasil", recebido com
foguetório e ouviu até o jingle de
sua campanha.
O presidente do sindicato, Jorge Nazareno, é petista. O vice,
Cláudio Magrão, é candidato a
deputado federal pelo PPS, mas
panfletos seus pediam votos para Lula. Magrão, porém, disse
apoiar Ciro e atribuiu o panfleto
a deputados estaduais petistas
com quem faz "dobradinha".
Lula prometeu uma participação mais ativa do movimento
sindical em seu eventual governo. "Os dirigentes sindicais não
serão coadjuvante, não serão
chamados só em época de crise."
Lula disse que o sindicato de
Osasco "tinha um significado
muito especial" para ele, pois em
79 havia ocorrido ali reunião em
que se decidiu a criação do PT.
A possibilidade de vitória no
primeiro turno criou no candidato o receio de ser atacado por
todos os seus concorrentes no
debate da Rede Globo, no próximo dia 3. "Como estou em primeiro lugar, os outros três vão
querer bater em mim", afirmou.
(JULIA DUAILIBI)
Colaborou FÁBIO VICTOR, da Reportagem Local
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