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São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2003

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RUMO A 2004

Duda diz que fará campanha para o PT em 6 capitais

ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TERESINA

O marqueteiro Duda Mendonça, que foi responsável pela campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e é proprietário de uma das três agências que dividem a conta da publicidade do governo federal, disse que vai fazer campanha para o PT em seis capitais nas eleições municipais do ano que vem. Citou como prováveis São Paulo, Recife, Curitiba e Belo Horizonte.
O publicitário deu as declarações em uma palestra sobre marketing político, na noite de segunda-feira, em Teresina, para cerca de 300 pessoas que pagaram R$ 100 para participar do evento.
Duda também falou que está trabalhando na próxima propaganda do PT, que deve ir ao ar no dia 4 de dezembro, e disse que prevê uma "onda petista" nas eleições de 2004. O motivo, para ele, é a recente melhora nos índices econômicos, como a queda progressiva na taxa básica de juros, hoje em 17,5% ao ano.
"Se a retomada do crescimento se confirmar, como está aparecendo agora, o PT vai chegar muito forte nas eleições do ano que vem. Vai haver uma onda petista, como a que elegeu Lula", disse.
Durante a palestra, Duda Mendonça se disse "torcedor e tiete do presidente" e fez uma declaração de amor ao PT: "O casamento com o PT é eterno. Mesmo que o PT não me queira mais, eu sempre vou querer o PT".
O publicitário também fez, diante da platéia repleta de petistas, incluindo o governador do Piauí, Wellington Dias, e vários secretários, um mea-culpa por ter trabalhado para Paulo Maluf (PP) na campanha que o elegeu prefeito de São Paulo em 1992.
"Eu não me sinto diminuído por ter feito a campanha do Maluf, ele era um bom cliente, ganhei a minha grana, me projetei nacionalmente depois de ajudá-lo a ganhar uma eleição após cinco derrotas consecutivas. A diferença é que eu não sentia orgulho de ser o marqueteiro malufista, e hoje eu tenho orgulho de ser o marqueteiro do Lula", disse.
Duda afirmou que as pessoas que se opuseram à sua contratação pelo PT por causa do passado com Maluf desconheciam a sua história. "Achavam que eu era de direita por ter feito a campanha do Maluf, mas ninguém sabia que eu fui estudante de esquerda. O meu primo foi instrutor de guerrilha do José Dirceu [ministro da Casa Civil] em Cuba [onde Dirceu viveu no exílio]."


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