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RUMO A 2004
Duda diz que fará campanha para o PT em 6 capitais
ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TERESINA
O marqueteiro Duda Mendonça, que foi responsável pela campanha eleitoral do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva em 2002 e é
proprietário de uma das três
agências que dividem a conta da
publicidade do governo federal,
disse que vai fazer campanha para
o PT em seis capitais nas eleições
municipais do ano que vem. Citou como prováveis São Paulo,
Recife, Curitiba e Belo Horizonte.
O publicitário deu as declarações em uma palestra sobre marketing político, na noite de segunda-feira, em Teresina, para cerca
de 300 pessoas que pagaram R$
100 para participar do evento.
Duda também falou que está
trabalhando na próxima propaganda do PT, que deve ir ao ar no
dia 4 de dezembro, e disse que
prevê uma "onda petista" nas
eleições de 2004. O motivo, para
ele, é a recente melhora nos índices econômicos, como a queda
progressiva na taxa básica de juros, hoje em 17,5% ao ano.
"Se a retomada do crescimento
se confirmar, como está aparecendo agora, o PT vai chegar muito forte nas eleições do ano que
vem. Vai haver uma onda petista,
como a que elegeu Lula", disse.
Durante a palestra, Duda Mendonça se disse "torcedor e tiete do
presidente" e fez uma declaração
de amor ao PT: "O casamento
com o PT é eterno. Mesmo que o
PT não me queira mais, eu sempre vou querer o PT".
O publicitário também fez,
diante da platéia repleta de petistas, incluindo o governador do
Piauí, Wellington Dias, e vários
secretários, um mea-culpa por ter
trabalhado para Paulo Maluf (PP)
na campanha que o elegeu prefeito de São Paulo em 1992.
"Eu não me sinto diminuído
por ter feito a campanha do Maluf, ele era um bom cliente, ganhei
a minha grana, me projetei nacionalmente depois de ajudá-lo a ganhar uma eleição após cinco derrotas consecutivas. A diferença é
que eu não sentia orgulho de ser o
marqueteiro malufista, e hoje eu
tenho orgulho de ser o marqueteiro do Lula", disse.
Duda afirmou que as pessoas
que se opuseram à sua contratação pelo PT por causa do passado
com Maluf desconheciam a sua
história. "Achavam que eu era de
direita por ter feito a campanha
do Maluf, mas ninguém sabia que
eu fui estudante de esquerda. O
meu primo foi instrutor de guerrilha do José Dirceu [ministro da
Casa Civil] em Cuba [onde Dirceu
viveu no exílio]."
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