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São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2003

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QUESTÃO AGRÁRIA

Sem-terra diz que PNRA é "bom" e que busca "diálogo e entendimento" com o Planalto

"Encostado" pelo MST, Rainha anuncia trégua

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do MST na região do Pontal do Paranapanema José Rainha Júnior afirmou ontem considerar "bom" o Plano Nacional de Reforma Agrária anunciado na semana passada pelo governo. Segundo ele, a intenção é partir para o "diálogo e o entendimento" com o Planalto.
"Vamos partir para o diálogo e para o entendimento. [...] Sempre disseram o contrário, que o MST é violento e radical. Estamos fazendo esse gesto para mostrar que se tem alguém violento e radical neste país é o latifúndio", afirmou.
O líder sem-terra está afastado da coordenação estadual do MST desde julho do ano passado, por envolvimento político com prefeitos do Pontal e por má condução de uma cooperativa na região.
Em meados deste ano, o MST decidiu proibi-lo de falar em nome do movimento.
Rainha ficou preso por mais de quatro meses devido a uma condenação em primeira instância por formação de quadrilha e porte ilegal de armas. Ao lado de sua mulher, Diolinda Alves de Souza -que também ficou presa por quase dois meses-, e do filho João Paulo, 8, o líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foi ontem ao Congresso visitar parlamentares simpáticos ao movimento.
Rainha foi conduzido no Congresso pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Diolinda chegou a sentar no colo da senadora Heloísa Helena (PT-AL).
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) também manifestou ontem apoio ao plano de reforma agrária do governo Lula, após encontro entre o presidente da entidade, dom Geraldo Majella Agnello, e o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário). (RANIER BRAGON)


Colaborou a Agência Folha


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