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Conselho de educação é mais bem avaliado
DA SUCURSAL DO RIO
Os mecanismos de influência
em políticas públicas mais lembrados e tidos como eficazes pelos
entrevistados pelo Ibope foram os
conselhos de educação. Os conselhos funcionam em vários municípios brasileiros e, em alguns casos, são abertos para que a comunidade faça queixas e sugestões.
Para Camilla Croso, da Ação
Educativa, uma hipótese para explicar esse resultado é o fato de os
conselhos estarem mais próximos
da realidade dos brasileiros e
atuarem em políticas municipais.
Dos entrevistados, 35% citaram
esses conselhos como o mecanismo mais eficaz para influenciar
políticas públicas. Além do foco
nos problemas imediatos da população, uma estratégia que algumas entidades usam para atrair as
pessoas a esse tipo de discussão é
tornar as reuniões menos chatas.
Segundo a pesquisa, 21% das
pessoas que não desejam participar dessas práticas apontam a
chatice das atividades como o
principal motivo, enquanto 26%
citam a falta de tempo.
O CDHEP (Centro de Direitos
Humanos e Educação Popular),
que atua no distrito de Capão Redondo (zona sul de São Paulo),
decidiu mudar a dinâmica das
reuniões que fazia com a comunidade para atrair mais jovens.
"A gente percebeu que não
adianta mais fazer uma mesa redonda e colocar as pessoas para
falar. Para atrair os jovens, fizemos algumas dinâmicas e criamos até alguns jogos em que o tema da participação nas políticas
públicas aparecesse", diz Silene
Amorim, educadora do CDHEP.
Devido à pressão e a uma ação
levada em 2000 ao Ministério Público, o CDHEP obteve neste ano
a promessa da prefeitura de construir um CEU (Centro Educacional Unificado) na região.
A idéia da ação surgiu da demanda dos jovens por mais áreas
de lazer na região e de pais de
crianças por mais vagas na escola.
O Observatório da Educação e
da Juventude, da ONG Ação Educativa, que encomendou a pesquisa, tem por objetivo criar melhores condições para que os brasileiros, principalmente os jovens,
saibam exercer seu direito de influenciar políticas públicas.
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