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SÃO PAULO
Diretor da empresa Colucci & Associados diz que não fez propaganda da Nossa Caixa em órgãos ligados a parlamentares
Agência e banco negam irregularidades
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor-presidente da Colucci
& Associados, Oscar Colucci, 65,
diz que está processando a Nossa
Caixa. "O contrato estava em vigor e valia por 60 meses. O [Carlos
Eduardo] Monteiro [presidente
do banco] me chamou e disse que
o contrato estava terminado. Não
deu o prazo de 60 dias a que tínhamos direito."
Colucci nega que tenha favorecido publicações ou programas
de parlamentares afinados com o
Palácio dos Bandeirantes. "Tudo
que a Colucci fez em termos de
publicação sempre foi em veículos como a TV Globo, Bandeirantes, na mídia tradicional", diz.
Colucci e Carlos Eduardo Monteiro, da Nossa Caixa, negam que
as agências tenham feito saques
adiantados com base em créditos
futuros, como consta na denúncia
ao Ministério Público Estadual.
O publicitário diz que atende a
Nossa Caixa há nove anos. A primeira contratação foi na gestão
do presidente Geraldo Gardenalli,
no governo Mario Covas. Diz que
o governo Geraldo Alckmin nunca lhe pediu nada. "Nunca recebi
pedido para favorecer alguém. As
campanhas eram feitas de acordo
com as necessidades", diz.
Colucci confirma que depôs na
comissão de sindicância: "Fomos
lá, prestar depoimento, com um
um advogado, na maior boa vontade", disse. O publicitário disse
que avisou a Nossa Caixa do vencimento do contrato.
Carlos Eduardo Monteiro diz
que o banco enviou cartas às
agências informando o interesse
em renovar os contratos.
Monteiro diz que as duas agências foram contratadas em 2002.
"Eu só vim para cá em 2003 e só
vim a saber neste ano que o contrato não havia sido assinado. Se
fosse numa empresa privada, não
haveria problema nenhum. Imediatamente, suspendi a prestação
de serviços, comuniquei ao Tribunal de Contas do Estado e acelerei a publicação do novo edital."
Monteiro afirma que a auditoria
interna foi determinada pelo secretário estadual da Fazenda,
Eduardo Guardia, presidente do
Conselho de Administração da
Nossa Caixa. "A auditoria não localizou nenhum pagamento fora
do padrão", diz.
Monteiro cita pareceres da Procuradoria Geral do Estado aceitando a prorrogação informal. "A
simples permanência dos contratos em vigor indica a vontade das
partes de permanecer com os
contratos de prestação de serviços. Mais conservador, fiz nova licitação e fiquei sem agência desde
junho", afirma.
(FV)
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