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MINISTÉRIO PÚBLICO
Atual ocupante do cargo teve vantagem de 398 votos sobre 2º colocado; Alckmin decidirá com base em lista tríplice
Pinho vence votação para procurador-geral
DA REPORTAGEM LOCAL
Com 398 votos de vantagem, o
procurador-geral de Justiça do
Estado de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, foi o mais votado pelos promotores e procuradores para chefiar o Ministério
Público de São Paulo no próximo
biênio. "Foi a aprovação do meu
trabalho", afirmou Pinho.
A eleição ocorreu no sábado e a
apuração terminou às 22h50 do
mesmo dia.
Caberá agora ao governador
Geraldo Alckmin (PSDB) a decisão final. O tucano recebeu por
volta das 23h30 de anteontem
uma lista com os nomes dos três
candidatos mais votados.
A lista é encabeçada por Pinho,
que obteve 998 votos (20,6%). Em
segundo e em terceiro lugar ficaram os adversários do atual procurador-geral: o ex-diretor da Escola Superior do MP Luís Daniel
Cintra e o ex-corregedor Carlos
Henrique Mund, com 600 e 413
votos, respectivamente. O procurador René de Carvalho teve 255
votos e ficou de fora.
Alckmin disse que, antes de renunciar ao cargo na próxima
quinta-feira para disputar a Presidência da República, irá indicar o
novo procurador-geral.
Pela tradição, o escolhido é o
candidato mais votado. Porém,
essa regra foi quebrada pelo então
governador Mário Covas quando,
em 1996, nomeou o segundo da
lista, Luiz Antonio Marrey, que
havia sido derrotado nas urnas
por 219 votos.
O secretário da Segurança Público de Alckmin e promotor
afastado, Saulo de Castro Abreu,
que tem sérias divergências com
Pinho, tem se articulado para que
Alckmin repita o gesto de Covas.
O fato de a diferença de votos ter
sido a maior já registrada numa
eleição no órgão, contudo, diminuiu as expectativas dos oposicionistas de que isso ocorra.
Em 2004, Pinho venceu com 205
votos a mais em relação ao segundo colocado. Anteontem, a diferença foi de 398 votos.
Coube ao secretário, anteontem, a tarefa de agendar um breve
encontro na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes entre o governador e o procurador Fernando José Marques, que chefiou o
Ministério Público durante a eleição. Marques, que faz parte do
grupo de oposição a Pinho, entregou a lista tríplice ao tucano.
O procurador-geral, além de
administrar o órgão, tem atribuição constitucional de investigar
corrupção e improbidade envolvendo deputados, secretários estaduais, prefeitos e o governador.
"Aprovação"
Para Pinho, o resultado da eleição comprova que a gestão dele
foi aprovada pelos colegas. "É o
reconhecimento do nosso trabalho. Ainda há muito a ser feito."
O mandato de Pinho termina
amanhã, o que poderá gerar uma
confusão na cúpula do órgão. Se
Alckmin não nomear até amanhã,
Pinho sai e Marques volta provisoriamente até a decisão final.
Pinho afirmou que, entre as metas desejadas por ele para o próximo biênio, estão: aproximar a instituição da sociedade, minimizar
as divergências políticas internas
e melhorar a estrutura de trabalho
dos promotores.
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