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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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PMDB define hoje sua adesão ao governo Lula

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Executiva Nacional do PMDB deve formalizar hoje o apoio congressual do partido ao governo. A chancela do comando partidário é uma exigência do Planalto para institucionalizar o entendimento com a sigla e evitar negociações no varejo a cada votação.
Nos cálculos de governistas e dissidentes, haverá no máximo três votos contrários ao acordo e uma abstenção entre os 15 integrantes da Executiva. Ainda assim o partido discutia ontem uma fórmula de aval ao acordo que permita que os oposicionistas apenas se abstenham na votação.
Por essa fórmula, a Executiva chancelaria o acordo das bancadas com o governo, mas sem comprometer o partido com um entendimento mais amplo. Na prática, o PMDB já integra a base de sustentação política do Planalto, tendo inclusive indicado o líder do governo no Congresso, senador Amir Lando (RO).
A fórmula permitiria que os governadores que são contrários ao ingresso do partido no governo liberassem seus representantes na Executiva a se abster ou até aprovar o entendimento. Os governadores do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, e do Distrito Federal, Joaquim Roriz, são os mais reticentes em relação à entrada do PMDB no governo: os três têm no PT o principal adversário político em seus Estados.
O acordo do Planalto com as bancadas do PMDB no Senado e na Câmara assegura a maioria para o governo aprovar as reformas. A dissidência crê ter cerca de 15 dos 68 deputados. Entre os 22 senadores, a tese de apoio ao governo é amplamente majoritária. O entendimento prevê que o PMDB será convidado a ocupar um ou dois ministérios até o fim do ano. Até lá, a sigla fará indicações para 16 cargos no BB, CEF e Petrobras. (RAYMUNDO COSTA)


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