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PMDB define
hoje sua adesão
ao governo Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Executiva Nacional do PMDB
deve formalizar hoje o apoio congressual do partido ao governo. A
chancela do comando partidário
é uma exigência do Planalto para
institucionalizar o entendimento
com a sigla e evitar negociações
no varejo a cada votação.
Nos cálculos de governistas e
dissidentes, haverá no máximo
três votos contrários ao acordo e
uma abstenção entre os 15 integrantes da Executiva. Ainda assim
o partido discutia ontem uma fórmula de aval ao acordo que permita que os oposicionistas apenas
se abstenham na votação.
Por essa fórmula, a Executiva
chancelaria o acordo das bancadas com o governo, mas sem
comprometer o partido com um
entendimento mais amplo. Na
prática, o PMDB já integra a base
de sustentação política do Planalto, tendo inclusive indicado o líder do governo no Congresso, senador Amir Lando (RO).
A fórmula permitiria que os governadores que são contrários ao
ingresso do partido no governo liberassem seus representantes na
Executiva a se abster ou até aprovar o entendimento. Os governadores do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, de Pernambuco,
Jarbas Vasconcelos, e do Distrito
Federal, Joaquim Roriz, são os
mais reticentes em relação à entrada do PMDB no governo: os
três têm no PT o principal adversário político em seus Estados.
O acordo do Planalto com as
bancadas do PMDB no Senado e
na Câmara assegura a maioria para o governo aprovar as reformas.
A dissidência crê ter cerca de 15
dos 68 deputados. Entre os 22 senadores, a tese de apoio ao governo é amplamente majoritária. O
entendimento prevê que o PMDB
será convidado a ocupar um ou
dois ministérios até o fim do ano.
Até lá, a sigla fará indicações para
16 cargos no BB, CEF e Petrobras.
(RAYMUNDO COSTA)
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