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Babá afirma que reforma não atinge
banqueiro
FREE LANCE PARA A FOLHA
As divergências entre os chamados radicais petistas e a ala
moderada do governo estão muito longe de terminar. É o que ficou
evidente durante o debate sobre
as reformas que envolveu, ontem,
em Seropédica (a 50 km do Rio)
os deputados federais João Batista
de Araújo, o Babá (PT-PA), e Luiz
Sérgio (PT-RJ).
Babá se mostrou irredutível nas
críticas que vem fazendo ao governo. Repetiu que o governo não
deve contar com o seu voto para a
aprovação das reformas tributária e da Previdência. Para ele, os
eleitores do PT foram pegos de
surpresa pelo conteúdo dos projetos apresentados à Câmara.
"Nenhum parlamentar foi [durante às eleições] à TV dizer: "Nós
vamos cobrar dos aposentados'",
disse o deputado.
Atacando o FMI, o Banco Mundial e o G-7 (grupo dos sete países
mais ricos do mundo), Babá contestou a validade da reforma tributária porque ela "não atinge os
banqueiros".
Segundo Babá, os recentes comentários do ministro José Dirceu sobre a política econômica do
governo mostram que a insatisfação é geral e não provém apenas
dos chamados radicais.
O palco do debate foi a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. No papel de defensor do
governo, Luiz Sérgio lembrou que
o programa do PT já previa as reformas. "Essa questão [da reforma da Previdência] não é novidade", afirmou. Luiz Sérgio criticou
que a ênfase do debate previdenciário recaia sobre a tributação
dos servidores públicos aposentados, que, segundo ele, representam apenas 6% do total dos aposentados brasileiros.
Os argumentos do parlamentar
não convenceram Babá: "Eu não
voto esta reforma [da Previdência] tal como ela foi apresentada
ao Congresso", afirmou.
(HENRI CARRIÈRES)
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