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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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Babá afirma que reforma não atinge banqueiro

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As divergências entre os chamados radicais petistas e a ala moderada do governo estão muito longe de terminar. É o que ficou evidente durante o debate sobre as reformas que envolveu, ontem, em Seropédica (a 50 km do Rio) os deputados federais João Batista de Araújo, o Babá (PT-PA), e Luiz Sérgio (PT-RJ).
Babá se mostrou irredutível nas críticas que vem fazendo ao governo. Repetiu que o governo não deve contar com o seu voto para a aprovação das reformas tributária e da Previdência. Para ele, os eleitores do PT foram pegos de surpresa pelo conteúdo dos projetos apresentados à Câmara.
"Nenhum parlamentar foi [durante às eleições] à TV dizer: "Nós vamos cobrar dos aposentados'", disse o deputado.
Atacando o FMI, o Banco Mundial e o G-7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo), Babá contestou a validade da reforma tributária porque ela "não atinge os banqueiros".
Segundo Babá, os recentes comentários do ministro José Dirceu sobre a política econômica do governo mostram que a insatisfação é geral e não provém apenas dos chamados radicais.
O palco do debate foi a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. No papel de defensor do governo, Luiz Sérgio lembrou que o programa do PT já previa as reformas. "Essa questão [da reforma da Previdência] não é novidade", afirmou. Luiz Sérgio criticou que a ênfase do debate previdenciário recaia sobre a tributação dos servidores públicos aposentados, que, segundo ele, representam apenas 6% do total dos aposentados brasileiros.
Os argumentos do parlamentar não convenceram Babá: "Eu não voto esta reforma [da Previdência] tal como ela foi apresentada ao Congresso", afirmou. (HENRI CARRIÈRES)


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