|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Maioria aponta dólar como "vilão"
DA AGÊNCIA FOLHA
A desvalorização do real em relação ao dólar aparece como uma
das principais justificativas dos
Estados que ultrapassaram o limite de endividamento previsto pela
Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em Minas Gerais, além da alta
da moeda americana, que afeta
5% da dívida, o governo também
cita a queda na receita estadual,
especialmente por conta da redução do consumo de energia elétrica e combustíveis, para explicar a
relação dívida/receita de 2,63.
A assessoria da Secretaria da Fazenda da Bahia informou que o
aumento da dívida de R$ 1,71 bilhão para R$ 1,82 bilhão no penúltimo quadrimestre decorreu da
valorização do dólar. Com a queda da moeda, a dívida já caiu para
R$ 1,61 bilhão no primeiro quadrimestre do ano.
O governo do Maranhão também responsabilizou o dólar pelo
crescimento da relação de sua dívida. "Temos muitas dívidas externas, e a desvalorização do real
nos prejudicou muito. Para este
ano o negócio é torcer para o real
se manter na casa dos R$ 3 e a economia voltar a apresentar índices
de crescimento", disse o gerente
de Planejamento do Estado, Luciano Moreira.
O diretor de dívida pública de
Santa Catarina, Gerson Berti,
atribuiu o aumento da relação da
dívida pública com a receita ao
aporte de verbas feito ao programa de saneamento do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina).
Houve ainda um aumento de
26,41% no IGP-DI -usado para
corrigir cerca de 60% da dívida de
Santa Catarina financiada junto à
União. Para Berti, a tendência é de
queda a partir de agora, devido ao
aumento da receita do Estado e
do arrefecimento da inflação.
O secretário da Fazenda de Alagoas, Sérgio Dória, disse que somente uma mudança de índice de
correção poderia trazer um alívio
no quadro atual. "O IGP-DI tem
sido perverso. Há um crescimento da dívida em todos os Estados."
A Secretaria da Fazenda de
Goiás informou que o aumento
de 2,81 para 2,85 na relação dívida/receita ocorreu por alterações
no cronograma de pagamento
dos servidores. A folha passou a
ser coberta no mês corrente, e o
13º passou a ser pago no mês de
aniversário dos funcionários.
O secretário da Fazenda do Rio
Grande do Sul, Paulo Michelucci,
não foi localizado para comentar
o endividamento do Estado.
Texto Anterior: Contas públicas: Dívidas de 8 Estados superam limite legal Próximo Texto: SP quer mudar cálculo para limite da dívida Índice
|