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MINISTÉRIO
Para Cristovam, área social deve ter coordenador
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, defendeu ontem
que a área social do governo tenha um coordenador. Ao citar o
ministro Antonio Palocci Filho
(Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil) como coordenadores das
áreas econômica e política, respectivamente, Buarque disse: "A
tarefa é tão grande na área social,
que talvez o presidente queira colocar outro coordenador".
A área social do governo é atualmente uma das mais criticadas,
principalmente pela falta de coordenação entre os programas,
eventuais sobreposições de projetos, conflitos entre os ministros e
confusão na definição das linhas
de implementação do Fome Zero.
Comentou-se no Planalto que o
ministro Ciro Gomes (Integração
Nacional) poderia ser um nome
forte para ficar na coordenação
dos programas sociais.
Buarque não quis entrar em detalhes de quem seria o superministro: "Isso depende do presidente. Só que, no caso do presidente Lula, acho que a gente só
tem um superpresidente. Não dá
para ter superministro". Mas
completou: "Seria o que Palocci
faz na economia, mas ele nunca
foi nomeado coordenador".
O governo está elaborando a
unificação dos programas sociais
de geração de renda, como o Fome Zero, em um único cartão de
distribuição de dinheiro. A proposta está sendo realizada pelo
Ministério da Assistência e Promoção Social, pasta de Benedita
da Silva. Segundo o ministro, a
proposta deve ser entregue antes
da apresentação do PPA (Plano
Plurianual), que será levado ao
Congresso em agosto.
Buarque e José Graziano (Segurança Alimentar) estiveram ontem na Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo da USP para o lançamento de uma cartilha sobre a
participação das universidades
no programa de combate à fome
do governo federal, chamada "Segurança Alimentar: a contribuição das universidades".
Ao comentar as críticas que o
Fome Zero tem recebido, Graziano disse que o programa está em
construção, e que erros estão sendo corrigidos. "Muita coisa vai ser
corrigida nesse processo de implantação", afirmou.
O ministro destacou a ampliação dos comitês gestores do programa de quatro para dez pessoas, com a maior participação da
sociedade civil, como uma das
correções implementadas no Fome Zero.
(JULIA DUAILIBI)
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