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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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MINISTÉRIO

Para Cristovam, área social deve ter coordenador

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, defendeu ontem que a área social do governo tenha um coordenador. Ao citar o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil) como coordenadores das áreas econômica e política, respectivamente, Buarque disse: "A tarefa é tão grande na área social, que talvez o presidente queira colocar outro coordenador".
A área social do governo é atualmente uma das mais criticadas, principalmente pela falta de coordenação entre os programas, eventuais sobreposições de projetos, conflitos entre os ministros e confusão na definição das linhas de implementação do Fome Zero. Comentou-se no Planalto que o ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) poderia ser um nome forte para ficar na coordenação dos programas sociais.
Buarque não quis entrar em detalhes de quem seria o superministro: "Isso depende do presidente. Só que, no caso do presidente Lula, acho que a gente só tem um superpresidente. Não dá para ter superministro". Mas completou: "Seria o que Palocci faz na economia, mas ele nunca foi nomeado coordenador".
O governo está elaborando a unificação dos programas sociais de geração de renda, como o Fome Zero, em um único cartão de distribuição de dinheiro. A proposta está sendo realizada pelo Ministério da Assistência e Promoção Social, pasta de Benedita da Silva. Segundo o ministro, a proposta deve ser entregue antes da apresentação do PPA (Plano Plurianual), que será levado ao Congresso em agosto.
Buarque e José Graziano (Segurança Alimentar) estiveram ontem na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP para o lançamento de uma cartilha sobre a participação das universidades no programa de combate à fome do governo federal, chamada "Segurança Alimentar: a contribuição das universidades".
Ao comentar as críticas que o Fome Zero tem recebido, Graziano disse que o programa está em construção, e que erros estão sendo corrigidos. "Muita coisa vai ser corrigida nesse processo de implantação", afirmou.
O ministro destacou a ampliação dos comitês gestores do programa de quatro para dez pessoas, com a maior participação da sociedade civil, como uma das correções implementadas no Fome Zero. (JULIA DUAILIBI)


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