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INQUÉRITO
Alvo são supostos pedidos de propina
Serviço a estrangeiro é investigado pela PF
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
A Polícia Federal abriu em Bauru
(345 km de São Paulo) inquérito
para apurar suposta prática de corrução por policiais encarregados
do atendimento a estrangeiros.
A abertura do inquérito, no dia
18, foi motivada por reportagem
publicada na Folha no dia 16, que
mostrava que muitos estrangeiros
residentes legalmente no Brasil levam anos para receber da PF um
documento de identidade.
Um dos casos relatados foi o do
jornalista suíço Rodolfo Tomaso
Dolfi, 61, que desde 95 aguarda a
carteira de identidade. Dolfi prestou depoimento das 9h30 às 12h30
de anteontem ao delegado Antônio Vaz de Oliveira, chefe da delegacia da PF em Bauru. O jornalista
foi o único a ser ouvido até agora.
Na reportagem, Dolfi contava ter
ido mais de 12 vezes à PF. Dizia que
os policiais não pediram propina,
mas que ficara com a impressão de
que, se oferecesse dinheiro, a situação seria facilitada.
O delegado disse que tão cedo o
suíço não terá a carteira de identidade. Segundo ele, o processo teria
sumido entre Brasília e Campinas.
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