São Paulo, segunda, 27 de julho de 1998

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AT&T e British Telecom anunciam união

da Reportagem Local

As gigantes das telecomunicações AT&T, norte-americana, e British Telecom, inglesa, anunciaram ontem a decisão de unir suas operações internacionais.
Ambas permanecem como empresas independentes, mas fora de seus países de origem passarão a atuar como uma única companhia.
A joint venture, como é chamado esse tipo de associação, originará uma empresa com receita superior a US$ 10 bilhões no primeiro ano de funcionamento e que deverá crescer cerca de 15% ao ano, segundo cálculos publicados em um comunicado oficial.
A expectativa é que a empresa, que receberá novo nome ainda não definido, lucre US$ 1 bilhão no primeiro ano e, a partir daí, apresente crescimento de 15% a 20% ao ano em seus resultados.
Segundo o comunicado oficial, AT&T e BT pretendem, por meio da nova companhia, tornar-se "líderes incontestáveis do mercado global de serviços de comunicações".
A união inclui ativos e operações internacionais das duas companhias, incluindo as redes, o tráfego internacional e os produtos para clientes.
AT&T e BT também anunciaram o investimento de US$ 1 bilhão, divididos igualmente entre as duas empresas. Os recursos serão injetados em negócios nos Estados Unidos, envolvendo alta tecnologia e mercados emergentes de telecomunicações.
"A criação desta nova empresa será uma excelente notícia para nossos clientes. Ao posicionarmo-nos à frente da era da informação global, maximizaremos as oportunidades de aumentar nossa receita e melhorar os lucros de nossos acionistas", disse o presidente da BT, Iain Vallance.
O presidente da AT&T, John Zeglis, afirmou que "a fusão de nossos ativos internacionais permitirá que AT&T e BT entreguem de forma única os serviços globais que nossos clientes multinacionais necessitam".
A nova companhia será autônoma e terá presidente e equipe de administração próprios. Iain Vallance, da BT, será o primeiro presidente da empresa criada.
Com sede nos Estados Unidos, a companhia empregará cerca de 5.000 pessoas no mundo. O comunicado oficial afirma que não estão previstas demissões "significativas".
A estimativa dos novos sócios é que o processo de aprovação da operação pelas autoridades norte-americanas e européias leve cerca de 12 meses.
No ano passado, a British Telecom tentou fazer uma fusão com a também norte-americana MCI, no valor de US$ 24 bilhões, que não foi adiante.


Com agências internacionais



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