São Paulo, segunda, 27 de julho de 1998

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NO AR
Isolamento

NELSON DE SÁ
da Reportagem Local

Começou sexta. A Globo, ou melhor, o Jornal Nacional, Jornal da Globo, Hoje, Globo News, até a rádio CBN iniciaram mobilização pela segurança do leilão.
As Organizações querem parte da Telebrás e estão obcecadas com "a presença de manifestantes". Em "controlar os protestos".
É uma operação de guerra, descrita ontem:
- Trinta homens contratados pela Bolsa de Valores estão erguendo esta estrutura que vai isolar a praça. Quarenta policiais estão vigiando todo o quarteirão. A partir das 5h de quarta, vão estar aqui três mil policiais. O trânsito vai ser desviado e toda a área a 500 metros do prédio vai estar isolada.
Fora menções subliminares aos protestos, Lula deixou de existir. Cordão de isolamento, como na praça 15.
Relatório da Unicamp e da UFRJ, citado ontem no rádio, diz que a Telebrás vale US$ 20 bilhões e não US$ 13 bilhões -como definiu FHC.
Mais um precinho que cai, poderia dizer Renato Machado, da Globo:
- Não está mal. Todo dia cai um precinho.
Referia-se à redução do IPI sobre automóveis.
Mas poderia citar, como se ouviu sábado, que a BR Distribuidora vai baixar o preço dos combustíveis e espera que as demais façam o mesmo. Ou ainda, o anúncio do Banco Central de que deve reduzir juros esta semana.
Todo dia cai um precinho, jurozinho, impostozinho.
FHC não pode fazer comercial. Outros podem. Ontem o candidato visitou um centro da Força Sindical, sustentado por seu governo.
E Paulinho, da Força, surgiu em comercial:
- Quando você perde o emprego, o que mais precisa na vida? Solidariedade. Por isso, criamos o Centro de Solidariedade. Um centro para dar qualificação profissional. Para buscar junto ao poder público alternativas para diminuir o desemprego.


E-mail: nelsonsa@uol.com.br



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