|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Chapecó defende operação
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CHAPECÓ
O frigorífico Chapecó defende a
operação do BNDES. Segundo
Celso Mario Schmitz, 57, diretor
financeiro e de relações com os investidores da empresa, em todas
as negociações com o o banco foi
oferecida uma garantia de 130%
sobre os valores do contrato.
Ele disse que as mesmas garantias foram fornecidas pela Alimbras S/A no empréstimo junto ao
banco para aquisição da empresa.
Schmitz afirmou que as condições oferecidas ao grupo argentino não significaram favorecimento. ""As normas do BNDES estavam para todos, isso desde o início de 1997. O grupo Macri não foi
beneficiado. O grande benefício
foi social, já que mais de 80 municípios viviam uma crise em razão
dos problemas da empresa."
Schmitz disse que não saberia
afirmar o quanto Plínio David de
Nes recebeu pela venda do controle acionário do frigorífico. Segundo ele, as negociações entre o
grupo Macri e Nes são ""um segredo profissional deles".
Schmitz chegou ao Chapecó
após a compra da empresa pelo
grupo argentino. Ele veio com o
atual presidente do frigorífico,
Alex Fontana, que também é o
presidente da Alimbras S/A, na
nova diretoria executiva contratada para sanear a empresa.
Sobre os empréstimos no período anterior à compra, Schmitz
disse que ""só os antigos controladores poderiam falar". Ele, no entanto, disse ter ""quase convicção
de que todo o dinheiro foi usado
para apagar incêndio, ou seja,
quitar compromissos urgentes,
como folha de pagamento dos
funcionários".
Esses empréstimos, de US$ 51
milhões, foram feitos no período
em que a empresa Option Serviços Financeiros dirigia a empresa,
por determinação dos bancos credores, e Plínio David de Nes ainda
detinha o controle acionário.
Luiz José Fabiani, responsável
na Option pelo gerenciamento da
empresa, não respondeu aos telefonemas da reportagem. Segundo
informações na empresa, somente ele poderia falar sobre o caso.
Já Nes foi procurado em sua casa, no bairro Maria Goretti (de
classe média alta) em Chapecó e
no escritório que mantém no centro comercial da cidade.
Em sua casa, uma mulher, que
se identificou como Salete, disse
que Plínio e a mulher, Elisabeth,
estavam viajando e não existia
previsão de quando retornariam.
Ela disse não estar autorizada a
informar o celular nem o destino
do casal. O escritório do empresário também estava fechado.
(JM)
Texto Anterior: Dinheiro público: Socorro a frigorífico pelo BNDES chega a US$ 137 mi Próximo Texto: Diretor vê situação da empresa confortável Índice
|