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São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2003

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PFL, PSDB e PDT se unem no Senado para forçar negociação da tributária

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para mostrar a aliança da oposição no Senado e alertar o governo de que a tramitação da reforma da Previdência pode se complicar na Casa se não houver negociação na reforma tributária, PFL, PSDB e PDT uniram-se numa articulação em plenário que resultou na obstrução da pauta de votações.
Um dos projetos de conversão não votados foi a medida provisória que autoriza os bancos a conceder empréstimos de até R$ 1.000 para pessoas que não têm contas bancárias. A Caixa Econômica Federal já está concedendo os empréstimos.
"A oposição está tentando vincular na Câmara as negociações das duas reformas -a previdenciária e a tributária. Nós sinalizamos que o PFL, o PSDB e o PDT estão unidos no Senado e, somados, podem fazer modificações nas duas propostas", afirmou o líder do PFL, José Agripino (RN).
O PFL tem 18 senadores, o PSDB, 11, e o PDT, 4. Agripino espera contar ainda com votos do PMDB e do próprio bloco de apoio ao governo (PT, PSB, PTB e PL) nas tentativas de mudar o texto da reforma da Previdência.
Hoje, dirigentes e líderes dos três partidos se reunirão para listar os pontos convergentes em relação à reforma da Previdência. Na tributária, estão afinados em vários itens e contam com aliados em todos os outros partidos, principalmente por causa da influência dos governadores e prefeitos.
Com a manobra da oposição, não foi possível votar três projetos de conversão em medidas provisórias, trancando a pauta do Senado por pelo menos duas sessões. Não foi votada a MP que permite ao Banco do Brasil criar duas subsidiárias, destinadas a atuar em microfinanças e consórcio. Uma outra MP que ficou pendente de votação cria a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. (RAQUEL ULHÔA)


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