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PFL, PSDB e PDT se unem no Senado
para forçar negociação da tributária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para mostrar a aliança da oposição no Senado e alertar o governo
de que a tramitação da reforma da
Previdência pode se complicar na
Casa se não houver negociação na
reforma tributária, PFL, PSDB e
PDT uniram-se numa articulação
em plenário que resultou na obstrução da pauta de votações.
Um dos projetos de conversão
não votados foi a medida provisória que autoriza os bancos a conceder empréstimos de até R$
1.000 para pessoas que não têm
contas bancárias. A Caixa Econômica Federal já está concedendo
os empréstimos.
"A oposição está tentando vincular na Câmara as negociações
das duas reformas -a previdenciária e a tributária. Nós sinalizamos que o PFL, o PSDB e o PDT
estão unidos no Senado e, somados, podem fazer modificações
nas duas propostas", afirmou o líder do PFL, José Agripino (RN).
O PFL tem 18 senadores, o
PSDB, 11, e o PDT, 4. Agripino espera contar ainda com votos do
PMDB e do próprio bloco de
apoio ao governo (PT, PSB, PTB e
PL) nas tentativas de mudar o texto da reforma da Previdência.
Hoje, dirigentes e líderes dos
três partidos se reunirão para listar os pontos convergentes em relação à reforma da Previdência.
Na tributária, estão afinados em
vários itens e contam com aliados
em todos os outros partidos, principalmente por causa da influência dos governadores e prefeitos.
Com a manobra da oposição,
não foi possível votar três projetos
de conversão em medidas provisórias, trancando a pauta do Senado por pelo menos duas sessões. Não foi votada a MP que
permite ao Banco do Brasil criar
duas subsidiárias, destinadas a
atuar em microfinanças e consórcio. Uma outra MP que ficou pendente de votação cria a Câmara de
Regulação do Mercado de Medicamentos.
(RAQUEL ULHÔA)
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