São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2000

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DATAFOLHA
Maluf, Alckmin e Tuma estão empatados com 13% cada, e Erundina tem 10%; Marta oscila para baixo, mas segue em primeiro lugar, agora com 33% das intenções de voto
Continua embolado 2º lugar em S. Paulo

DA REDAÇÃO

Três candidatos estão agora numericamente empatados na disputa por uma vaga no segundo turno em São Paulo, indica pesquisa Datafolha concluída ontem. Apesar disso, persiste ainda o empate quádruplo na vice-liderança da corrida eleitoral paulistana.
Paulo Maluf (PPB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Romeu Tuma (PFL) estão agora, cada um, com 13% das intenções de voto.
O tucano foi o único a apresentar crescimento em relação ao levantamento concluído na última sexta-feira -ele ganhou três pontos percentuais no período. Maluf oscilou um ponto para cima. Tuma se manteve estável.
Luiza Erundina (PSB) oscilou dois pontos para baixo e aparece agora com 10%. Ela continua tecnicamente empatada com os outros rivais devido à margem de erro da pesquisa, que, neste levantamento, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Na pesquisa concluída ontem foram entrevistadas 2.106 pessoas.
Considerando a margem de erro, Tuma, Maluf e Alckmin estão empatados na faixa que vai de 11% a 15% das intenções de voto. Já Erundina aparece no intervalo entre 8% e 12%.
Marta Suplicy (PT) oscilou dois pontos para baixo e aparece agora com 33%, ainda na liderança. Levando em conta a margem de erro, a petista está na faixa que vai de 31% a 35%.
Dos microcandidatos, Enéas Carneiro (Prona) é o que vai melhor: continua com 2% das intenções de voto. A seguir vêm Fernando Collor (PRTB), Marcos Cintra (PL) e José de Abreu (PTN), com 1% cada um. Os demais nem sequer atingiram 1%.
A pesquisa Datafolha foi concluída antes da decisão do Tribunal Superior Eleitoral que cassou a candidatura de Collor por 4 votos a 2 (leia texto na pág. A7).

Votos válidos
É a primeira vez que acontece um tríplice empate numérico desde 25 de abril. Essa situação é desfeita quando são analisados os votos válidos -isto é, são excluídos os indecisos e as declarações de voto em branco ou nulo.
Nesse caso, Maluf e Alckmin ficam empatados -ambos contam com 15%. Devido aos critérios de arredondamento, Tuma está com 14%. Erundina fica com 12%. Marta passa a contar com 38%.
Na disputa pelo segundo turno, Maluf e Tuma poderiam ser beneficiados por um detalhe: o conhecimento do número por seus eleitores. De acordo com o Datafolha, 73% dos eleitores de Maluf conhecem seu número (11). No caso de Tuma, 68% declaram corretamente seu número (25) -no último levantamento, apenas 49% dos eleitores do pefelista respondiam corretamente à questão.
O conhecimento do número é fundamento nesta eleição, que será realizada totalmente por meio de urnas eletrônicas. O eleitor que desconhece o número de seu candidato pode acabar anulando o voto ou votando em um candidato que não escolheu.
É o que pode acontecer, por exemplo, com Erundina. Menos da metade (47%) dos atuais eleitores da candidata do PSB acertam seu número (40). Outros 19% dos eleitores da ex-prefeita citam números errados.
No caso de Alckmin (número 45), 59% dos eleitores do tucano acertam o número. Entre os eleitores de Marta, 75% declaram corretamente o número (13).

Segundo turno
Nas quatro simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha, Marta continua vencendo em todas. Ela obteria hoje maior vantagem contra Maluf, vencendo por 61% a 25% -36 pontos.
Contra Erundina, o resultado seria 57% a 24%, com 33 pontos de vantagem para a candidata do PT. No caso de Alckmin, Marta venceria por 56% a 29% -diferença de 27 pontos. Contra Tuma, seria 54% a 35% para a petista, vantagem de 19 pontos.
Em três casos, porém, Marta teria hoje vantagem menor do que na última sexta. A simulação feita no dia 22 indicou que venceria Maluf por 40 pontos de vantagem. Contra Alckmin e Tuma, a vantagem seria de 34 e 25 pontos, respectivamente. Na sexta, Marta "vencia" Erundina por 29 pontos.


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