São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 2002

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Petista reprova ação das Farc na Colômbia, em entrevista ao "JN"

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou ontem a atuação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), guerrilha que luta contra o governo para construir um Estado socialista no país.
"Se eles [as Farc] tivessem a consciência que eu tenho e pensassem como eu penso, teriam formado um partido político e teriam disputado as eleições como eu estou, para ganhar democraticamente, como mandam os bons costumes", disse Lula, em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo. As Farc têm simpatizantes em alguns setores do PT, especialmente nas alas "radicais".
Lula defendeu uma saída negociada para a crise colombiana e disse que o Brasil poderia ajudar, mas só "se convidado". Ele criticou de forma enfática a possibilidade de intervenção americana.
Ele também procurou desfazer a controvérsia criada com declaração crítica quanto ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear. José Serra (PSDB) chegou a acusá-lo de ser favorável ao direito do Brasil de construir a bomba atômica.
"Não critiquei a assinatura do tratado. O que disse é que os EUA não estão cumprindo aquilo que assinaram junto conosco. Quem não tinha [armas nucleares] assumiu o compromisso de não produzir e quem tinha assinou o compromisso de desativar. E [os EUA] não estão desativando."
Durante a entrevista de Lula, o "Jornal Nacional" teve média de 34 pontos de audiência, com picos de 35, segundo dados preliminares do Ibope. Cada ponto equivale a 47 mil domicílios na Grande São Paulo. É a mesma audiência alcançada pela entrevista de Garotinho, anteontem. A de Serra, na terça, rendeu 32 pontos, e a de Ciro, na segunda, 37 de média.


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