São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 2002

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Veja como o instituto monitora o noticiário eleitoral da Folha

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudo conduzido pelo Datafolha tem por objetivo aferir o espaço e identificar o teor do noticiário eleitoral produzido pela Folha.
O instituto calcula a presença dos candidatos na cobertura e avalia em que medida o tratamento dado a eles é "positivo", "negativo" ou "neutro".
Durante a etapa da quantificação, o Datafolha mede, em cm2, todos os textos, fotos, gráficos e ilustrações referentes ao candidato.
O esquadrinhamento abrange todo o jornal, não se limitando ao que é publicado no caderno Eleições 2002.
Como o propósito do trabalho é avaliar o tratamento jornalístico dispensado aos candidatos, a medição exclui o material relacionado às eleições mas sem referência explícita a algum deles.
A classificação do noticiário é feita do ponto de vista do candidato, ou seja, as informações são divididas em três categorias de acordo com seu efeito potencial para cada candidatura.
São considerados "positivos" itens como promessas de campanha, ataques de um candidato a outro ("positivo para quem ataca"), comentários de terceiros que visam promover o candidato em questão e manifestações de apoio.
São computados como "negativos" críticas, referências a escândalos, divergências dentro do partido do candidato ou de sua coligação, menções a precariedade de campanha.
Quando o candidato recebe crítica e a revida com insulto, a informação é considerada "negativa" para quem fez o ataque e para quem o rebateu.
Entram como "neutros" os relatos de agenda (descrição seca das atividades do dia-a-dia do candidato) e reportagens relativas a resultados de pesquisas (desde que respeitadas margem de erro e demais características do levantamento).
A metodologia adotada pelo Datafolha contempla a possibilidade de a mesma reportagem conter elementos "positivos", "negativos" e "neutros". Os pesquisadores cuidam de separá-los e de avaliar o espaço e o destaque de cada um.
Estudo de objetivo semelhante realizado pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (leia resultados na página ao lado) também divide o noticiário nas três categorias, mas trabalha com o conceito de "enquadramento dominante".
Diante de um texto que contenha informações de teores diferentes, os pesquisadores decidem qual deles predomina, e a partir daí a matéria como um todo é classificada como "positiva", "negativa" ou "neutra".
Também há diferença importante na etapa de quantificação. À diferença do Datafolha, o Iuperj não mede fotos, gráficos e ilustrações. Conta o número absoluto de menções a cada candidato no jornal.


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