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Lula, Serra e Ciro recebem espaço semelhante
DA REPORTAGEM LOCAL
O monitoramento realizado pelo Datafolha revela um quadro de
equilíbrio no espaço dedicado pela Folha a Lula, Serra e Ciro no período que vai de 18 de agosto (data
de lançamento do caderno Eleições) a 22 de setembro.
Das 213 páginas ocupadas por
noticiário relativo aos presidenciáveis, 60,97 (28,6%) foram ocupadas pelo petista, 61,25 (28,7%)
pelo tucano e 58,87 (27,6%) pelo
candidato do PPS.
Hoje na fronteira do empate
técnico com Serra na segunda colocação das intenções de voto,
Anthony Garotinho obteve cobertura menor: 27,19 páginas, ou
12,8% do total.
O diretor-geral do Datafolha,
Mauro Francisco Paulino, pondera que a tendência de crescimento
do ex-governador do Rio nas pesquisas começou a se manifestar
no final do período coberto pelo
monitoramento.
Esse fator ajudaria a explicar a
expressiva diferença entre seu espaço e os de dois adversários (Serra e Ciro) que estão em patamares
semelhantes de intenção de voto.
O cientista político Marcus Figueiredo, que coordena no Instituto Universitário de Pesquisas
do Rio de Janeiro (Iuperj) estudo
semelhante ao do Datafolha, concorda com a análise de Paulino.
"O novo embolamento no segundo lugar se caracterizou muito recentemente", diz. "As chances de Garotinho cresceram agora, na reta final."
Figueiredo costuma observar
que o loteamento do espaço, embora obedeça no geral às posições
da "corrida de cavalos", também
é influenciado pelo que ele chama
de "noticiabilidade" do candidato.
O cientista político acredita, por
exemplo, que a condição de candidato do governo contribui para
explicar por que José Serra recebeu nos jornais, em vários momentos da atual campanha, espaço maior do que o dedicado a adversários em situação semelhante
nas pesquisas.
Também cabe observar que fatores como crises na campanha,
recebimento ou perda de apoios,
eclosão de escândalos ou mesmo
declarações de impacto têm influência sobre a distribuição de
espaço, que jamais é inteiramente
ditada pela ordenação dos candidatos nas pesquisas.
Textos responderam por 74,1%
do espaço dedicado pela Folha
aos presidenciáveis no período
analisado. Fotos, por 15,3%. Gráficos ficaram com 6,1%, e ilustrações, com 4,5%.
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