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PESQUISA
Para maioria dos entrevistados pelo Datafolha, jornal não favorece nem persegue nenhum dos candidatos à Presidência
Leitores identificam equilíbrio na Folha
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisa Datafolha realizada
entre os dias 16 e 18 deste mês com
leitores da Grande São Paulo revela que a maioria considera equilibrada a cobertura das eleições.
Na avaliação dos entrevistados, a
Folha não está favorecendo
(75%) nem prejudicando (83%)
nenhum dos presidenciáveis.
Os índices de quem identifica
favorecimentos (14%) ou prejuízos (8%) oscilaram para menos
em relação aos coletados no levantamento feito de 7 a 9 de agosto -19% e 12%, respectivamente.
Ao pedir que os leitores opinem
sobre a isenção da cobertura, a
Folha tem por objetivo monitorar
a percepção dos princípios de
pluralismo e apartidarismo que
regem seu projeto editorial.
Para 10% dos entrevistados, José Serra (PSDB) é beneficiado pelo jornal. A seguir vêm Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), com 3%, e Ciro
Gomes (PPS), com 1%.
Na opinião dos leitores, Ciro é o
mais prejudicado pela Folha. Dos
pesquisados, 4% fazem esse diagnóstico. Lula, com 2%, e Anthony
Garotinho (PSB), com 1%, também foram mencionados.
Resultado positivo
A maioria (72%) avalia positivamente, como ótimo ou bom, o o
noticiário a respeito das eleições
produzido pelo jornal.
A fatia dos que consideram a cobertura apenas regular caiu de
10% para 4% desde agosto. Os
descontentes, que avaliam-na como ruim ou péssima, mantiveram-se em 1%.
A aprovação se estende ao destaque dado à campanha eleitoral.
Para 87%, o espaço dedicado está
na medida certa. No mês passado,
os satisfeitos eram 82%. Somente
4% julgam que a Folha deveria
ampliar o número de páginas sobre o assunto, e 8% acham que o
jornal exagera no espaço.
Para 37%, a cobertura da eleição
presidencial está melhor do que a
realizada pela Folha em 1998. Em
agosto, essa taxa ficava em 31%.
Para 2%, houve declínio de qualidade em relação ao trabalho feito
quatro anos atrás.
Dos 386 entrevistados pelo Datafolha, todos leitores da edição
que circula na região metropolitana de São Paulo, 78% declaram
acompanhar reportagens e artigos do caderno Eleições 2002,
lançado em 18 de agosto.
Como pontos positivos do trabalho da Folha, foram citadas a
publicação de informações a respeito dos candidatos (35%), a imparcialidade (20%) e a qualidade
do conteúdo informativo (16%).
Não souberam responder 27%.
Como pontos negativos, foram
mencionadas parcialidade (8%) e
deficiências de conteúdo das reportagens (8%). Não souberam
responder a questão 31%. Quase
metade (44%) afirmou não encontrar pontos negativos.
O levantamento do Datafolha,
com margem de erro de cinco
pontos percentuais para mais ou
para menos, também buscou a
avaliação dos leitores sobre o desempenho do instituto.
Dos entrevistados, 82% disseram acompanhar as pesquisas de
intenção de voto -cinco pontos
a mais do que em agosto. Na opinião de 67%, elas são ótimas/
boas; na de 11%, regulares; na de
1%, ruins ou péssimas.
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