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Maia defende impeachment do presidente
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito do Rio e presidenciável do PFL, Cesar Maia, defendeu ontem em São Paulo o
afastamento do presidente Lula e afirmou que o ministro da
Fazenda, Antonio Palocci Filho, foi corrupto na gestão prefeitura de Ribeirão Preto (SP) e
no ministério em 2003.
Ao citar a entrevista do ex-ministro José Dirceu à Folha
anteontem, Maia disse: "Não
vejo como é possível que o ministro-chefe-de-gabinete do
presidente ateste que havia ilegalidade e que o presidente sabia e não se caminhar para um
impedimento". Questionado
por que o PFL não havia pedido o impeachment, o prefeito
disse que era um "processo"
em fase de documentação "Se
caminha nesta direção."
Ele disse não se tratar da honestidade de Lula "pessoa física". "Se estivéssemos num país
com a democracia plenamente
amadurecida, o presidente Lula não estaria mais no lugar dele", disse Maia em discurso no
Encontro dos Prefeitos do PFL-Região Sudeste.
O prefeito criticou a suposta
blindagem de Lula e Palocci.
"Se é verdade, e é verdade, que
o presidente da República cometeu ilegalidade, ele também
tem que perder o mandato.
Que democracia é essa que tem
tomar cuidado com os desdobramentos na economia?"
Em referência às supostas ligações entre Palocci e o ex-secretário de Ribeirão Rogério
Buratti, que dirigia empresa
que fechou contratos com a
prefeitura, hoje sob investigação, Maia disse haver provas
"nítidas" de corrupção contra
o ministro. O Ministério da Fazenda não se manifestou.
O prefeito fez críticas à economia, que, diz ele, "vai muito
mal". Afirmou que mantém
sua pré-candidatura à Presidência, mas que, se ela não for
"competitiva" em março, a
"convergência natural" é
apoiar um nome do PSDB.
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