São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 2005

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CASO MALUF

STF nega habeas corpus pedido por "fã" de Maluf

MARCELO SALINAS
DA REDAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal rejeitou ontem um pedido de habeas corpus (liberação da prisão) para o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf. O pedido havia sido feito pelo advogado Antônio José Carvalho Silveira, que não representa oficialmente nem Maluf nem seu filho Flávio, presos há 17 dias na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
Segundo o STF, o mérito do pedido não chegou a ser analisado por causa de um erro técnico do advogado, que teria esquecido de assinar o pedido. Desde que foi detido, advogados admiradores de Maluf têm entrado com recursos na Justiça por conta própria.
Ontem, porém, os advogados "oficiais" dos Maluf entraram com um pedido de reconsideração da prisão na Justiça Federal em São Paulo. A defesa argumenta que, após o depoimento do doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi, na última quinta-feira, não haveria mais motivo para mantê-los presos, já que não teriam mais como interferir ou tentar "controlar" o interrogatório do doleiro.
Pai e filho foram presos preventivamente porque, segundo a decisão da juíza Sílvia Maria Rocha, eles poderiam, em liberdade, prejudicar o andamento do processo, coagindo testemunhas.
Rocha baseou sua decisão em escutas telefônicas nas quais Maluf e Flávio falam sobre uma possível tentativa de "controlar" o depoimento de Birigüi. Ele reafirmou à Justiça que, a pedido de Flávio, movimentou de forma ilegal US$ 161 milhões no Safra National Bank de Nova York (EUA). O ex-prefeito nega ter enviado dinheiro para o exterior.


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