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CASO MALUF
STF nega habeas corpus pedido por "fã" de Maluf
MARCELO SALINAS
DA REDAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal rejeitou ontem um pedido de habeas corpus (liberação da prisão)
para o ex-prefeito de São Paulo
Paulo Maluf. O pedido havia sido
feito pelo advogado Antônio José
Carvalho Silveira, que não representa oficialmente nem Maluf
nem seu filho Flávio, presos há 17
dias na sede da Superintendência
da Polícia Federal em São Paulo.
Segundo o STF, o mérito do pedido não chegou a ser analisado
por causa de um erro técnico do
advogado, que teria esquecido de
assinar o pedido. Desde que foi
detido, advogados admiradores
de Maluf têm entrado com recursos na Justiça por conta própria.
Ontem, porém, os advogados
"oficiais" dos Maluf entraram
com um pedido de reconsideração da prisão na Justiça Federal
em São Paulo. A defesa argumenta que, após o depoimento do doleiro Vivaldo Alves, o Birigüi, na
última quinta-feira, não haveria
mais motivo para mantê-los presos, já que não teriam mais como
interferir ou tentar "controlar" o
interrogatório do doleiro.
Pai e filho foram presos preventivamente porque, segundo a decisão da juíza Sílvia Maria Rocha,
eles poderiam, em liberdade, prejudicar o andamento do processo,
coagindo testemunhas.
Rocha baseou sua decisão em
escutas telefônicas nas quais Maluf e Flávio falam sobre uma possível tentativa de "controlar" o depoimento de Birigüi. Ele reafirmou à Justiça que, a pedido de
Flávio, movimentou de forma ilegal US$ 161 milhões no Safra National Bank de Nova York (EUA).
O ex-prefeito nega ter enviado dinheiro para o exterior.
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