DA AGÊNCIA FOLHA
DA REDAÇÃO

Prédios do Incra em Estados de todas as regiões do país foram invadidos ontem por integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que prometem uma série de ações nesta semana. Em nota, a direção nacional diz que o governo Lula descumpriu sete pontos de um acordo feito em maio, após a Marcha Nacional pela Reforma Agrária.
Os sem-terra cobram, entre outras coisas, mais agilidade nas desapropriações de terras e de assentamento de famílias, abertura de crédito, além da contratação de 1.300 funcionários para o Incra.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, ainda neste mês será divulgado edital para concurso de 650 servidores.
Em São Paulo, cerca de 400 sem-terra de várias regiões do Estado invadiram a sede do Incra na capital às 7h e, alojados no estacionamento do órgão, não têm previsão de saída.
Em Pernambuco, as manifestações começaram anteontem, com a invasão de usina no município de Aliança (Zona da Mata). A partir de hoje, o Incra em Recife e em Petrolina também deverão invadidas, segundo apurou a Folha.
Em Fortaleza (CE), cerca de mil sem-terra invadiram o Incra e montaram um acampamento do lado de fora do prédio. Em Marabá, sul do Pará, cerca de 500 pessoas invadiram o Incra.
Também foram anunciadas invasões em Mato Grosso e Goiás, onde o movimento dos sem-terra informou ter reunido cerca de 700 pessoas nas ações.
O Incra em Vila Velha (ES) também foi invadido pela manhã. No interior do Espírito Santo, cerca de 200 pessoas invadiram duas propriedades durante a madrugada de ontem. Em Belo Horizonte, cerca de 250 invadiram o Incra.
No Rio Grande do Sul, cerca de 150 sem-terra invadiram fazenda em Palmeira das Missões. Em Santana do Livramento, cerca de 400 invadiram uma área, e em Nova Hartz cerca de 150 invadiram um terreno à beira da rodovia RS-239.
Em Santa Catarina, cerca de 200 sem-terra invadiram a sede do Incra, em Florianópolis, por volta das 8h. Duas horas depois, 150 integrantes do movimento invadiram o posto avançado do órgão em Chapecó


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