São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 2005

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Conflitos já mataram 28, diz CPT

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

Um levantamento divulgado ontem à tarde pela CPT (Comissão Pastoral da Terra) revela que 28 pessoas foram mortas em conflitos no campo desde o início do ano até agosto. No mesmo período em 2004 foram registradas 27 mortes, segundo a CPT.
Das 28 mortes contabilizadas pela CPT, o Pará foi responsável por 50% (14). Depois, aparecem o Mato Grosso (3), Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Maranhão (duas mortes em cada Estado). O assassinato que mais chamou a atenção, de acordo com a CPT, foi o da missionária Dorothy Stang, em Anapu (PA), em fevereiro. Naturalizada brasileira, Dorothy, que nasceu nos EUA, foi morta a tiros em uma emboscada.
O levantamento da CPT registra também 27 tentativas de assassinato, 114 ameaças de morte, 2 pessoas torturadas, 52 agredidas fisicamente, 144 presas e 80 feridas.
Ainda segundo a CPT, de janeiro a agosto foram registrados 794 conflitos no campo envolvendo 615.260 pessoas, uma redução de 44% em relação ao mesmo período de 2004. As 257 novas ocupações ocorridas no período envolveram 31 mil famílias.
"Das 450 mil famílias previstas para serem assentadas pelo Plano Nacional de Reforma Agrária, apenas 160 mil tiveram acesso à terra nestes três anos de governo. Para cumprir esta meta, seria necessário assentar mais 390 mil famílias", diz Isidoro Revers, um dos coordenadores da CPT.


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