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Conflitos já mataram 28, diz CPT
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Um levantamento divulgado
ontem à tarde pela CPT (Comissão Pastoral da Terra) revela que
28 pessoas foram mortas em conflitos no campo desde o início do
ano até agosto. No mesmo período em 2004 foram registradas 27
mortes, segundo a CPT.
Das 28 mortes contabilizadas
pela CPT, o Pará foi responsável
por 50% (14). Depois, aparecem o
Mato Grosso (3), Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Maranhão
(duas mortes em cada Estado). O
assassinato que mais chamou a
atenção, de acordo com a CPT, foi
o da missionária Dorothy Stang,
em Anapu (PA), em fevereiro.
Naturalizada brasileira, Dorothy,
que nasceu nos EUA, foi morta a
tiros em uma emboscada.
O levantamento da CPT registra
também 27 tentativas de assassinato, 114 ameaças de morte, 2 pessoas torturadas, 52 agredidas fisicamente, 144 presas e 80 feridas.
Ainda segundo a CPT, de janeiro a agosto foram registrados 794
conflitos no campo envolvendo
615.260 pessoas, uma redução de
44% em relação ao mesmo período de 2004. As 257 novas ocupações ocorridas no período envolveram 31 mil famílias.
"Das 450 mil famílias previstas
para serem assentadas pelo Plano
Nacional de Reforma Agrária,
apenas 160 mil tiveram acesso à
terra nestes três anos de governo.
Para cumprir esta meta, seria necessário assentar mais 390 mil famílias", diz Isidoro Revers, um
dos coordenadores da CPT.
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